Campanha que expõe abusos de professores viraliza nas redes sociais

“#MeuProfDr diz que homossexuais propagam doenças”. Essa é uma das várias hashtags da campanha MeuProfDr, que começou nas redes sociais com alunos de Medicina de São Paulo, e já espalhou para os universitários de outros Estados espalhados pelo país.

O Centro Acadêmico Euryclides Zerbini (CAEZ), instituição que representa os alunos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), lançou na semana passada a campanha #MeuProfDr. O objetivo da ação é denunciar e relatar os diferentes tipos de abusos em sala de aula, sejam casos de racismo, assédio, homofobia ou machismo.

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A campanha teve respaldo e divulgação da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem), e, de acordo com Daniel Felix, assessor de mídia da entidade, a ideia da hashtag surgiu após estudantes entregarem um dossiê reivindicando melhorias em uma das disciplinas de graduação. “O coordenador de curso disse que não tinha pedido nossa opinião, se negando a dialogar e ouvir as reclamações dos alunos. E chegou a dizer que a primeira palavra que todo docente odeia é Denem. A segunda é centro acadêmico”, relatou Daniel.

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A partir de então os estudantes resolveram lançar a hashtag para denunciar e protestar contra os abusos e as posturas autoritárias dos professores. A campanha, que começou com os universitários de Medicina, já tomou outras proporções e foi adotada por estudantes de outros cursos, assim como diferentes salas de aulas do país.

Para a Denem, esses depoimentos não devem ficar restritos apenas às redes sociais. “Acreditamos que a campanha deve gerar discussões internas em cada faculdade sobre as posturas inaceitáveis de alguns docentes, que, conforme percebemos pela repercussão da hashtag, não são poucas e devem ser questionadas”, disse o assessor. ”Pretendemos reunir vários relatos na página da Denem no Facebook e empoderar os estudantes para que continuem lutando contra as violações de direitos humanos nas faculdades de Medicina”.

A campanha não ficou limitada apenas às denúncias. Alguns alunos aproveitaram a oportunidade de expor, ao lado dos abusos, relatos positivos em relação a seus professores que possuem condutas que vão de acordo com os direitos e deveres dos universitários e docentes.

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