Em cartaz nos cinemas de BH, “Procurando Dory” remonta aos melhores tempos dos filmes da Pixar

Divulgação/Disney Studios

Maior bilheteria da história para a estreia de um filme de animação, “Procurando Dory” chega aos cinemas nesta quinta-feira (30), em uma volta aos melhores tempos dos estúdios Pixar — criadores de Toy Story (1995) e Wall-E (2008).

A sequência do premiado “Procurando Nemo” (2003) é um mergulho profundo no mundo subaquático cheio de vida e de cores da Disney/Pixar, expondo ainda mais as idiossincrasias de cada personagem, os dramas particulares e, ao mesmo tempo, acrescentando humor no tempo certo, com boas piadas, críticas ácidas e …  Mas do que é mesmo que estávamos falando?

A história sobre o peixinho Dory, a qual “sofre de perda de memória recente”, como é repetido pela personagem reiteradas vezes, realmente merecia um filme exclusivo. Isso porque Dory é ainda mais interessante e complexa do que Nemo ou Marlin. O peixinho desmemoriado tem de lidar com a ausência da família, com vulnerabilidade e limitações graves. Contudo, ela mergulha na vastidão do oceano à procura de seus pais e de si mesma — a aceitação de suas reais condições é fundamental para que consiga manter o bom humor, a empatia e, sobretudo, jamais deixar de acreditar no reencontro com os pais.

“Oi, eu sou a Dory. Eu sofro de perda de memória recente”. A frase marcante será ouvida ao longo dos 90 minutos do longa. Pode até cansar o espectador, mas há uma mensagem significativa por trás da simpática apresentação: aceitar a própria condição é imprescindível para alcançar a plenitude da felicidade.

Nemo, o peixe-palhaço mais famoso das animações, fica em segundo plano. Aliás, em terceiro, quarto ou quinto plano, dada a quantidade de personagens que nos são apresentados em “Procurando Dory”. O simpaticíssimo Beloga Bailey, com sua potente capacidade de ecolocalizar; os divertidos irmãos leão-marinho, Rudder e Fluke, que protagonizam uma das cenas mais engraçadas do longa; e a despenada mobelha Becky, que arranca boas risadas do público — personagens esses que, certamente, deverão encabeçar novas sequências.

cena de procurando dory
Os irmãos leões-marinho Rudder e Fluke protagonizam uma das melhores cenas do filme. Imagem: Disney Studios

Há de se ressaltar, ainda, as dublagens. (Vale a pena assistir o longa na voz dos brasileiros). Destaque para o Antônio Tabet, humorista do “Porta dos Fundos”, quem produz a excelente voz do polvo Hank. A vocalização debochada do dublador não podia ter caído melhor ao fanfarrão Hank.

“Procurando Dory”, bem que podia ser “Dory a Procura de Dory”. A importância do autoconhecimento e da busca pela própria história são mensagens que passam despercebidas pelas crianças, mas que enche os corações dos públicos jovem e adulto. Definitivamente, não se trata de mais uma animação de personagens fofos, trata-se dos bons e velhos filmes da Pixar. “Procurando Dory” é a retomada aos melhores tempos dos estúdios de animação.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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