Mãe emociona ao relatar parto no Sofia Feldman: ‘Nosso corpo é feito para parir’

“Nosso corpo foi feito pra parir!”. Essa foi a frase que marcou o nascimento da filha da estudante de engenharia civil, Patrícia Guerra, de 23 anos. A mãe de primeira viagem teve a oportunidade de viver essa experiência de uma forma aconchegante e calma (dentro dos limites do possível) – Ana Lara nasceu em uma banheira, da forma que a natureza prevê: com o mérito da própria mãe. Popularmente conhecido como parto humanizado, o procedimento experienciado por Patrícia foi assistido no hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte.

Contente por ter vivido essa experiência de forma positiva, Patrícia decidiu compartilhar essa informação com outras mulheres através do Facebook. “Lara nasceu às 8h54, com 3,255kg e 49cm, do jeito mais humano e lindo, exatamente como nós duas planejamos, no tempo dela. Meu corpo falou mais alto, mas Deus colocou anjos no meu caminho, que fizeram com que eu tivesse um parto exatamente como queria, natural, somente eu e ela, com 39 semanas. Saí da banheira carregando minha Larinha nos braços, e até hoje não soltei, e nem pretendo”, relatou na publicação.

Reprodução/Facebook
Reprodução/Facebook

Em entrevista ao Bhaz, a nova mamãe disse ter escolhido o parto na água por considerá-lo mais confortante para ela e a filha. “A água é uma forma de auxiliar na dor”. Patrícia ainda conta que teve assistência de profissionais durante o processo, mas que esse método torna o parto um momento íntimo e independente “Na verdade, é você quem faz o seu parto, não tem interferência médica”, afirmou. De acordo com a estudante, não foi necessário que levasse nenhum ponto.

Mesmo sendo um esforço particular, a contribuição da equipe teria sido positiva naquele momento “Estava deitada na banheira de água morna, nos intervalos das contrações eu podia dormir se não estivessem diminuindo a cada minuto. Eram três enfermeiras, lembro-me de uma em especial, Aline, sempre vinha ouvir o coração da minha filha, no auge da minha dor, pedi a ela ajuda, com um sorriso leve e confiante ela me disse: “nosso corpo foi feito pra parir, você vai conseguir!”.

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A publicação de Aline comoveu a muitos internautas. Nela, a estudante conta que as dores das contrações eram insuportáveis e que, por um instante, quase desistiu de passar por um parto natural. “A dor se intensificava a cada contração, eu pedia a Deus ajuda e proteção, meus medos foram maior que meu desejo de um parto humanizado sem anestesia, pedi, pedi muito que me dessem, eu precisava ter o controle daquela dor que me fazia vomitar”.

No entanto, a natureza se encarregou de confortar Patrícia. “Me levaram para a sala de parto, um lugar aconchegante, limpinho… Já se passava das 7h, uma manhã linda de sábado, o sol entrava pela cortina e batia no meu rosto me mostrando que eu não estava sozinha”, enfatizou em sua publicação. A estudante concede parte da força que teve aos funcionários do local. “É um momento de dor terrível e elas te fazem se sentir segura”, confidenciou ao portal.

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Assistência Humanizada

De acordo com assessoria de comunicação do hospital, a assistência humanizada ao parto tenta resgatar a escolha e autonomia da mulher para esse momento. “O que a gente busca é fazer a mulher entender que o parir é dela e não da equipe”, explica a assessoria da unidade de saúde.

De acordo com ela, caso aconteça algo fora da curva de normalidade, um médico obstetra entra em cena para amparar a gestante, mas a proposta é que o trabalho seja feito pela própria mãe, de maneira confortável e aconchegante.

Jéssica Munhoz

Jessica Munhoz é redatora do Portal Bhaz e responsável pela seção Cultura de Rua.

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