Grupo de bares e restaurantes da Zona Sul é alvo de operação contra sonegação fiscal

Divulgação/Tizé/O Dádiva

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realiza uma operação, nesta quinta-feira (26), para apreender documentos relacionados a suposto um esquema de sonegação fiscal liderado por um grupo de bares e restaurantes da Zona Sul de Belo Horizonte. O Dádiva e Maria de Lourdes estão entre os estabelecimentos que já encerraram suas atividades e eram controlados pelos dois empresários investigados pelo órgão: o ex-deputado mineiro Jayro Lessa e o filho dele Alysson Lessa. A ação é comandada pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), em parceria com a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e a Polícia Civil.

Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Inquéritos Policiais de Belo Horizonte, em duas residências e em uma empresa. Os alvos são os dois ex-proprietários dos bares e restaurantes. A ação busca comprovar o envolvimento direto deles na gestão temerária das empresas que encerraram irregularmente suas atividades deixando em aberto passivo tributário superior a R$ 8 milhões.

Segundo as investigações, além da venda de mercadorias sem emissão de documento fiscal e da falta de recolhimento do ICMS declarado, os investigados teriam simulado transações imobiliárias com o objetivo de blindar patrimônio e se utilizado de laranjas para ocultar do fisco a real propriedade dos restaurantes.

Os suspeitos também já foram sócios do bar Tizé e do restaurante Rokkon, localizados no bairro de Lourdes. Os atuais administradores do Tizé esclareceram que não têm envolvimento com as prestações de conta feitas pelo estabelecimento antes de 2013, ano em que adquiriram o estabelecimento. “A sociedade empresária que administra o bar opera regularmente e com total observância da legislação vigente no recolhimento de suas obrigações sociais e tributárias”, diz a nota enviada ao Bhaz.

Participaram da operação dois promotores de Justiça, 15 servidores da Secretaria de Estado de Fazenda, um delegado e 16 policiais civis.

Essa é a primeira operação realizada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) em 2017. A força-tarefa – formada pelo MPMG, SEF, Advocacia-Geral do Estado e Polícias Civil e Militar – atua no combate à sonegação fiscal no estado de Minas Gerais e é responsável pela recuperação de milhões de reais devidos aos cofres públicos.

A reportagem do Bhaz tentou contato com os investigados, porém os dois não atenderam as ligações feitas para seus telefones durante o início da manhã desta quinta-feira. Uma funcionária da empresa alvo de um dos mandados de busca e apreensão informou que o grupo não irá se pronunciar neste momento.

Com MPMG

Atualizada às 12:11 no dia 26/01/2017

Maira Monteiro[email protected]

Diretora-executiva do BHAZ desde junho de 2018. Jornalista graduada pela PUC Minas, acumula mais de 15 anos de experiência em redações de veículos de imprensa, como Record TV e jornal Hoje em Dia, e em agências de comunicação com atuação em marketing digital, como na BCW Brasil.

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