Jovem é indiciado por assassinar brutalmente a esposa, dentro do carro, em Venda Nova

Vítima foi vista com um buquê de rosas, chorando bastante, momentos antes do crime (Reprodução/TV Globo)

As investigações conduzidas pela Polícia Civil sobre o homicídio de Ana Luiza dos Santos Alves, de 21 anos, resultaram no indiciamento do companheiro da vítima, Filipe dos Reis Santana, de 23. O corpo de Ana Luiza foi localizado no dia 30 de dezembro do ano passado, dentro de um carro, estacionado na avenida João Samaha, bairro São João Batista, região de Venda Nova.

Em razão desse crime, Filipe está sendo indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil; utilização de meio cruel e asfixia; sem possibilidade de defesa da vítima e feminicídio. A polícia cumpriu mandado de prisão preventiva contra Filipe no dia 3 de janeiro, mas o suspeito já havia se internado em um Hospital Psiquiátrico sob a alegação de doença mental e consequente risco de suicídio. Ele permanece hospitalizado sob escolta policial, até liberação médica.

A delegada que coordenou as investigações, Fabíola Oliveira, chamou a atenção para a brutalidade empregada no crime. “Levantamentos posteriores junto à medicina legal nos deram conta de que a vítima sofreu esganadura, vindo possivelmente a desmaiar, momento em que o suspeito a esgorjou com uma faca ‘cega’”, contou a delegada. Ela acrescentou que, no momento da asfixia, Ana chegou a fraturar a coluna, devido à força empregada pelo suspeito.

Relação possessiva

Conforme investigações, Filipe e a Ana Luiza mantinham um relacionamento conturbado há seis anos, sendo que há dois estavam casados. O fato de o suspeito não aceitar o fim da união entre o casal teria motivado o crime.

Testemunhas relatam que Filipe era extremamente possessivo, não permitindo que a vítima mantivesse conta em redes sociais, nem que usasse maquiagem. Existem relatos de que ele, inclusive, calculava o tempo que Ana gastava no trajeto para o trabalho.

Dinâmica dos fatos

A polícia apurou que, no dia 29 de dezembro do ano passado, por volta de 17h30, Filipe buscou a companheira no trabalho e, na volta, estacionou o carro em frente a uma praça na avenida João Samaha. A intenção era convencer a vítima a não pedir o divórcio.

Testemunhas afirmam que viram os dois sentados em um banco dessa praça, sendo que a vítima segurava um buquê de rosas e chorava bastante. Em determinado momento, o suspeito foi até o carro, buscou um envelope e o entregou à vítima. Pouco tempo depois, os dois retornaram ao veículo, momento em que o homicídio é consumado.

Após o crime, Filipe alega ter tentado suicídio, cortando o pescoço e o pulso, perdendo a consciência por alguns minutos. Ele ainda afirma que, logo em seguida, tentou dar partida no carro, com o objetivo de socorrer a si e a companheira, mas não conseguiu, visto que a chave havia se quebrado na ignição. O suspeito contou que ao sair do carro teria dado quatro passos e perdido a consciência novamente, sendo socorrido por um desconhecido, no dia seguinte ao fato.

Segundo a delegada, a versão do suspeito não coincide com as provas levantadas, visto que foram encontrados três celulares dentro do carro, o que permitia o acionamento do socorro, como também pelo fato de que Filipe não foi localizado nas proximidades do fato, conforme relatou.

Da Polícia Civil

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