Kalil promete acesso de vereadores e sociedade civil à ‘caixa-preta da BHTrans’

Rodrigo Clemente/PBH

O prefeito Alexandre Kalil (PHS) garantiu que vereadores e frentes populares acompanharão o processo de auditoria das contas do transporte público municipal. Anúncio publicado nessa terça-feira (14) nas redes sociais do chefe do Executivo atende a reivindicação de parlamentares e de movimentos sociais, que também cobram a redução do preço das passagens de ônibus.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que os detalhes sobre como ocorrerá o acesso serão divulgados nas próximas semanas e que a “composição desta comissão ainda está sendo estudada”. No entanto, a administração informou que ainda não há prazo estabelecido para divulgar os resultados da auditagem.

No início do mês, Alexandre Kalil anunciou que empresas privadas serão contratadas, por meio de licitação, para auditar as planilhas do transporte municipal. A assessoria da prefeitura, aliás, garantiu que, em março, a “BHTrans vai disponibilizar, para consulta pública, o termo de referência que vai dar subsídios à licitação para a contratação de empresa que fará a auditoria”.

Reação

Na avaliação do movimento Tarifa-Zero BH, que vem exigindo a redução do preço das passagens e maior transparência das empresas de ônibus na capital, essa participação deve ocorrer por meio da elaboração de propostas e de decisões. “Acreditamos que este é um grande passo pra garantir um processo isento e, para isso, essa participação popular deve ser real, com direito a elaboração e deliberação”, diz nota publicada no Facebook.

A frente popular ainda cobra que o aumento de 9% nas passagens de ônibus — decretado em dezembro último — deveria ser revogado “até que a auditoria seja concluída”. “Vamos aguardar maiores detalhes e pressionar para que a representação da sociedade civil seja grande e diversa nesse processo”.

Na Câmara Municipal, 35 vereadores assinaram um ofício encaminhado ao prefeito Kalil, pedindo pela revogação do reajuste tarifário. Entretanto, o gestor descartou “rasgar contratos” e chegou a afirmar que o ofício assinado pelos parlamentares não havia sido protocolado na prefeitura.

 

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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