Minas registra média de uma morte ao dia por febre amarela em 2017

Carro fumacê percorre por ruas de Ladainha, município mineiro com o maior número de mortes por febre amarela (Marra Ramos/Facebook)

Apesar dos esforços do poder público para conter o avanço da febre amarela, Minas Gerais vem mantendo média de uma morte ao dia por febre amarela desde o início do ano. Conforme o último boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (21) pela Secretaria de Estado de Saúde, a doença já fez 123 vítimas no Estado. Outras 72 mortes seguem investigadas.

Ainda segundo registrou a pasta, 88% das vítimas são do sexo masculino com idade média de 45 anos. Ladainha, município do Vale do Jequitinhonha e Mucuri, segue na dianteira com o maior número de mortes confirmadas até o momento — 17 mortes.

Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, e Itambacuri, no Vale do Rio Doce, aparecem na sequência com o segundo maior índice de confirmações — 12 mortes. Esse é o pior surto de febre já registrado no Estado.

Comparado ao período entre 1989 e 2009 — notificado em série histórica da Secretaria de Estado de Saúde — o Estado já superou em 110% esse número num período de três meses, quando foram notificados os primeiros casos.

Série histórica da Secretaria de Estado de Saúde (Reprodução/SES-MG)

Em BH

O único óbito confirmado por febre amarela na regional de saúde que contempla Belo Horizonte ocorreu em Esmeraldas, a 60 km da capital mineira. Entretanto, a constatação da doença como causa da morte de três macacos encontrados nas matas da cidade deixa a população em alerta. A última ocorrência foi registrada na sexta-feira (18) na Zona Sul da capital.

Desde então, cinco postos de vacinação vêm operando em horário estendido, até as 20h30: A UPA Centro-Sul, no bairro Santa Efigênia; no Serviço de Atendimento ao Visitante, na Savassi; na UPA de Venda Nova; na Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) do Barreiro; e no Centro de Saúde Noraldinho de Lima, no bairro Nova Suíça.

Segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde, 556 mil pessoas já foram imunizadas nos postos de vacinação da capital.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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