[Coluna do Orion] Presidente da ALMG está ‘brigado’ com o governo Pimentel

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes (PMDB), expôs sua irritação com o governo mineiro ao se ausentar da celebração do 21 de abril, em Ouro Preto, na semana passada. Adalclever não está rompido com o governador Fernando Pimentel (PT), mas brigado com o secretário de Governo, Odair Cunha (PT). Seria mais uma briguinha da corte, não fosse Adalclever a última tábua de salvação do governador, que está às vésperas de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Faltam dois dos 11 votos (dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes) para selar sua sorte, indicando que a Suprema Corte irá autorizar abertura de processo penal contra ele pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Se tem problema na área judicial, outros enormes na administrativa, na política, a situação do governador era de céu de brigadeiro, justamente pelo apoio integral que lhe conferiu até agora o presidente da Assembleia Legislativa. Ali, todas as matérias de iniciativa do governador têm o apoio da maioria absoluta dos deputados. A situação ganha, agora, sinais de incerteza, quando o principal articulador político do governo, Odair Cunha, briga com Adalclever.

O desgaste vem de longe. Tudo que Adalclever acerta com os deputados, em nome do crédito que desfruta junto ao governador, o secretário desconsidera e esvazia o “poder” de Adalclever. A ampliação do número de agraciados da Medalha da Inconfidência e a troca do principal homenageado, o ex-presidente Lula, para o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, sem o seu conhecimento, foram a gota d’água para Adalclever, que, além de ser o presidente do conselho da Medalha, havia indicado e convencido Lula a voltar a Ouro Preto.

Assembleia debate ampliação de voos no Aeroporto da Pampulha

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas realiza, nesta terça-feira (25), às 10 horas, audiência pública sobre a possibilidade de retorno de voos interestaduais ao Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.

Desde o início deste ano, a Prefeitura da Capital tem manifestado o desejo de retomar operações no aeroporto, que conta apenas com voos executivos e aqueles previstos no Projeto de Integração Aérea Regional (Pirma), do Governo do Estado, que liga 17 municípios mineiros a Belo Horizonte, por meio de aeronaves de pequeno porte.

Moradores do entorno e a concessionária responsável pela gestão do Aeroporto Internacional de Confins (Tancredo Neves) são contrários à medida. O aumento da poluição sonora no local, assim como a redução do movimento no aeroporto internacional, com impactos diretos nos preços de passagens, seriam algumas das alegações.

A Infraero explica que, para receber aeronaves de maior porte, o Aeroporto da Pampulha precisa passar por melhorias de infraestrutura, mas acrescenta que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que já está iniciando os procedimentos de adequação do local.

A audiência foi convocada pelo deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB), que se diz preocupado com a possível reativação do Aeroporto da Pampulha. “Quando se fala em voos de grande porte, realmente não faz sentido investir nos dois aeroportos de Belo Horizonte. Isso colocaria em risco todos os recursos que já foram e ainda serão destinados para o Aeroporto de Confins”, apontou. (com informações da Assessoria da ALMG)

Temer e reformas enfrentam teste de fogo e greve geral nesta semana

Esta é uma semana longa e de muita tensão na política e que só deveria terminar na semana que vem. Na verdade, ela começa nesta terça (25) com o início da discussão do relatório da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Amanhã (26) e quinta (27), temos a votação da reforma trabalhista. Será o primeiro termômetro para medir a fidelidade da base aliada do presidente na votação de suas reformas.

Na sexta (28), haverá outro termômetro, desta vez, das ruas, com a convocação da greve geral; será a hora de avaliar a pressão que poderá vir das ruas e comprometer o tal alinhamento dos deputados que votarão a reforma da Previdência. Na segunda, teremos o 1º de maio, é feriado, mas será um dia dedicado às manifestações dos trabalhadores e centrais sindicais contra as reformas, incluindo a trabalhista que quer acabar com a contribuição sindical, o que, para a maioria das centrais e dos sindicatos, é vital para o financiamento do movimento.

Na quarta (3), estava previsto o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz federal Sérgio Moro, que acabou sendo adiado para o dia 10. Portanto, a semana que começa hoje, acaba na segunda que vem. Tudo somado, poderá haver um efeito impactante sobre as reformas do governo federal.

Lula: efeito batedeira de bolo

Todos dias aparecem mais denúncias contra o ex-presidente Lula (PT) proporcionalmente ao crescimento dele nas pesquisas de opinião pública. O petista lidera em todos os cenários, apesar da pancadaria. Parece até batedeira de bolo, quanto mais bate ele cresce. O ex-presidente e sócio da OAS, Léo Pinheiro, culpou Lula por tudo, e que ele é dono do tríplex do Guarujá e do sítio em Atibaia; tudo aquilo que os procuradores da Lava Jato queriam ouvir, mas quando o juiz Sérgio Moro pediu as provas, ele disse que o ex-presidente as mandou destruir. Se não destruiu, se não obedeceu, o que, em caso contrário, seria crime, o empreiteiro poderá apresentá-las agora.

Tudo somado, os petistas acreditam que Lula, sem foro privilegiado, poderá ser condenado por Sérgio Moro até o final do ano e que o Tribunal Federal, a segunda instância, poderá confirmar a decisão até maio do ano que vem. O que configuraria inelegibilidade dele. Quando, então, recorrerão ao STJ e STF para obter liminar garantindo a candidatura presidencial dele.


Orion Teixeira é jornalista político; leia mais no www.blogdoorion.com.br

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