Em delação à Polícia Federal (PF), Mônica Moura contou que pagou R$ 200 mil com dinheiro de caixa 2 ao publicitário Jefferson Monteiro, criador da personagem “Dilma Bolada” em redes sociais. O pagamento, conforme o conteúdo da delação, teria ocorrido em 2014, após Monteiro ter tirado a página do ar.
Mulher e sócia do ex-marqueteiro do PT João Santana, Mônica Moura esteve presa pela Operação Lava Jato com o marido entre fevereiro e agosto de 2016. O casal foi solto após pagar fiança de R$ 30 milhões estipulada pelo juiz Sérgio Moro.
“Em reunião no comitê central da campanha em Brasília, Edinho Silva [então ministro dos Esportes] relatou a Mônica que Dilma Rousseff estava furiosa pela retirada da página Dilma Bolada do ar e que esse problema teria que ser imediatamente resolvido”, diz trecho da delação. “Então Mônica Moura utilizou parte dos pagamentos que recebia por fora e realizou o pagamento de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) em espécie ao publicitário”.
Pelo Facebook, Monteiro se defendeu em tom de ironia: “Pelos meus cálculos, eu já teria que ter, no mínimo, R$1,7 milhão de reais na conta: R$500 mil segundo a ‘Revista Época’, R$1 milhão segundo Marcelo Odebrecht e agora mais R$200 mil segundo Mônica Moura.
Dilma ‘fora do ar’
Em 2014, ano de eleição presidencial, o criador do perfil “Dilma Bolada” anunciou que tiraria do ar as páginas mantidas por ele no Facebook e Twitter. “Para todos que estão perguntando, tirei a Dilma Bolada do ar, ok? Sem drama e sem mimimi”, publicou à época.
Após seis dias fora das redes, o perfil foi restabelecido. Hoje, a conta no Twitter conta com 1,1 milhão de seguidores. No Facebook, 1,7 milhão de assinantes.
