A Polícia Civil de Minas Gerais vai investigar o caso de uma menina de 10 anos que escreveu uma carta para denunciar o próprio tio, de 31, por tentativa de estupro. A mãe dela, irmã do suspeito, foi quem procurou a Polícia Militar (PM) de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, nessa terça-feira (6), para relatar os abusos descritos pela garota. Segundo a vítima, o tio tentou manter relação sexual com ela quando brincavam de esconde-esconde na casa dele e, além disso, agarrou os seios dela há cerca de duas semanas. O homem também é pai de uma menina pequena.
A mãe da garota contou aos policiais que ela ouviu uma conversa entre a família sobre abusos contra crianças e adolescentes, há cerca de três meses, e que depois disso começou a agir estranho. Alguns dias depois, a mulher foi procurada pela filha para conversar. Durante o bate-papo questionou se a mãe a xingaria caso contasse “uma coisa”. Foi então que a menina entregou a carta na qual descreve as tentativas de estupro sofridas na casa do tio.
Na carta, que foi recolhida pela PM, a garota explica que brincava de esconde-esconde na casa do tio junto com ele e a prima. A menina diz ter se escondido em uma cama debaixo de um cobertor e que o homem se deitou com ela tentando manter relações sexuais. Ela conta que o chutou e saiu correndo logo em seguida. O fato teria ocorrido em 2015, quando ela tinha apenas 8 anos. Mais recentemente, há cerca de duas semanas, voltou à residência do tio para brincar com a prima e disse ter sido agarrada por trás pelo suspeito, que teria apalpado os seios dela.
A mãe da vítima disse ter ficado assustada com os relatos e que começou a investigar por conta própria antes de procurar a PM. Ela levou a criança a um psicólogo que ouviu as mesmos falas, assim como os policiais que conversaram com a menina. A mulher explicou ter percebido mudanças no comportamento da filha, que se recusava ir à casa do tio e demonstrava agressividade no dia a dia. Segundo ela, a menina começou a ter problemas na escola e a chorar de forma frequente. Com base nos relatos e após avaliar as circunstâncias, foi que resolveu denunciar o irmão. O caso foi encaminhado para a 10ª Delegacia de Turmalina.
