Biografia de Jair Bolsonaro é contada com paródia de Faroeste Caboclo

Faroeste Caboclo IX – Jair Messias Bolsonaro

Virou o mito esse tal de Bolsonaro
defendido, adorado e idolatrado como um deus
É o rei das selfies e das páginas no Face
carregado pelos ombros pelos defensores seus

Por onde passa, cada vez mais gente acha
que só ele é a saída pro Brasil endireitar
E se alguém ataca o mito na internet
a sua tropa de choque chega junto pra brigar

Os bolsominions têm orgulho do Messias
que promete a política afinal moralizar
Desilusão com os políticos de sempre
faz crescer o defensor da ditadura militar

Na juventude resolveu que ia entrar
para o Exército que protege a nação
Se precisasse nas armas ia pegar
para poder ajudar na repressão

Fez a escola de cadetes do Exército
77 na Agulhas Negras se formou
O seu perfil de liderança agressiva
promovendo a rebeldia logo se manifestou

Um relatório do Exército mostrava
que ele era ambicioso e por isso liderou
um movimento reclamando dos salários
até mesmo um artigo na revista publicou

87, ele disse pra imprensa
que um protesto violento ia executar
Ia botar bombas nos quartéis, pra mostrar para o comando
que não ia recuar

Foi descoberto e um julgamento
aconteceu para o condenar
Ele escapou e conseguiu ir pra reserva
Só 11 anos na ativa militar / Com pouco tempo na ativa militar

Logo depois, recebeu uma proposta
tentadora, 88 era ano eleitoral
Ser candidato a vereador no Rio
para aproveitar a fama que ganhou no tribunal

“Meu Deus, mas que ideia linda
é muito bom pra política entrar
Esse lugar de poder e de dinheiro
na verdade era tudo que eu queria”

Já em 90 foi eleito deputado
federal colhendo os frutos do perfil conservador
Tinha o apoio dos colegas militares
no Distrito Federal então ele chegou

Em quase 27 anos em Brasília
Só um projeto pôde aprovar
Mas mesmo com esse desempenho pífio
Soube fazer o seu nome destacar

Ele sabia que a mídia dava espaço
pra opiniões bombásticas de um parlamentar
E aproveitava todas oportunidades
pra expor suas ideias e assim polemizar

“Bandido bom é bandido morto
e tem que ter castração pro sujeito que estuprar”
“Prefiro filho atropelado do que gay”
“Golpe de 64 temos que comemorar”

Logo logo, quem é reacionário conheceu o Bolsonaro
“Gostei desse cara aí!”
E o Jair com seu discurso de milico
cada dia mais aparecia ali

Fez barulho quando em 99
disse que daria golpe depois de ganhar
pra presidente
e também falou que era favorável à tortura
pro sujeito falar

Naquele mesmo ano ele empregou
a companheira e seus parentes, olha o que ele fez
Disse “não sou casado oficialmente
então eu posso contratar os três”

Agora o Bolsonaro demonstrava
que falava em moralismo mas também era imoral
“Eu sonego tudo que for possível”
mas defende dar porrada em criminoso marginal

O Bolsonaro elegeu sua esposa
para a Câmara do Rio mas depois se arrependeu
Ela ousou ter sua própria opinião
Ele não queria mais quem lhe desobedeceu

Ele elegeu o seu filho no lugar
e o comando ele voltou a ter
Com um irmão e três filhos na política
os Bolsonaro ampliaram seu poder

O tempo passa e um dia ele encontra
no plenário uma senhora com indignação
E ele encara a Maria do Rosário
que o chamou de estuprador, não tinha medo não

“Vou te dizer, se eu fosse estuprador
não merecia você ser estuprada não
E com certeza não defendo bandidinho
que merece estar a sete palmos sob o chão”

“E esse blablablá de direitos humanos
vai mudar quando eu chegar a presidir a Comissão”
Foi processado mas falou “não tenho medo de perder
meu mandato por quebra de decoro não”

A violência sempre é a solução
seja a porrada ou a intimidação
“a violência se combate com violência”
Eu vou morrer com essa convicção

Em todos os seus anos de Congresso
30 vezes já tentaram o seu mandato cassar
Segundo ele, deputado pode tudo
mas esquece que existe decoro parlamentar

Pra provocar quem procurava as ossadas
de quem desapareceu na ditadura militar
Fez um cartaz pra debochar dessa ideia
que se dane quem morreu no Araguaia

Ele defende adotar pena de morte
que cadeia é pra sofrer, e não pra recuperar
E se alguém vem criticar a ditadura ele diz:
“O grande erro foi torturar e não matar”

2013 o deputado justiceiro
foi autuado por fazer pesca ilegal
Meses depois, fez um projeto proibindo
uso de armas por fiscal ambiental

Em São Paulo, na Assembleia do estado
seu irmão tinha um emprego de assessor parlamentar
Foi demitido depois que descobriram
que ele só ficava ausente, nunca ia trabalhar

Se for eleito já avisou que não vai ter
“essa historinha de estado laico não”
As minorias que se danem ou que mudem
mas o Messias vai fazer o país cristão

No dia do impeachment da Dilma
ele aproveitou que todo o Brasil ia assistir
e dedicou seu voto para o Ustra
coronel torturador do governo Médici

E quando votava Jean Wyllys
ele ficou com o filho provocando por ali
E tomou uma cusparada de resposta
uma briga que a TV não cansou de exibir

Ele falou que todo mundo é igual
que machista com certeza ele não é
Mas depois de ter quatro filhos homens
“na quinta, dei uma fraquejada e veio uma mulher”

E falou que quilombola
nem para reprodução devia servir mais
Quer liberar porte de arma no Brasil
e não aceita as cotas raciais

Quando um jovem que roubava recebeu uma tatuagem
que dizia que era ladrão
Quem apoiou a punição na internet
foi quem quer o Bolsonaro no comando da nação

E foi a guerra dos tucanos com o PT
que fez o povo se desiludir geral
Ficou um vácuo muito grande de poder
que alimentou esse discurso radical

O povo declarava que o tal do Bolsonaro
era mito e presidente ia ser
Mas mito, como diz o dicionário
também é uma fantasia que não vai acontecer

Se for eleito, com certeza no outro dia
todo brasileiro armado vai querer fazer
sua justiça como seu líder defende
se é culpado ou inocente ninguém quer
saber

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