Prefeitura nega início de fiscalização dos ambulantes para este sábado

ambulantes bh
Essa semana, no Parque Municipal, PBH ouviu os camelôs (Yuran Khan/Bhaz)

Não será neste sábado, 1º, que a Prefeitura de Belo Horizonte irá iniciar a operação de retirada dos camelôs do centro da cidade. A informação foi divulgada nesta sexta, 30, por um jornal da capital, mas negada pela Prefeitura de Horizonte.

De acordo com a assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, não há data prevista para o início das operações, que serão realizadas com o acompanhamento da Guarda Municipal. Nos casos em que houver necessidade de apoio policial, este será requisitado à Polícia Militar, informou a Secretaria. Entretanto, não haverá divulgação prévia da data em que a operação for realizada.

Desde o início da semana, os camelôs estão recebendo orientações a respeito do projeto da prefeitura de levá-los para dentro de shoppings populares. Segundo Maria Caldas, secretária municipal de Políticas Urbanas, a fiscalização seria intensificada para coibir a presença dos ambulantes nas calçadas.

Além das instruções recebidas sobre o projeto de levá-los para estabelecimentos comerciais, os ambulantes estão sendo comunicados a respeito da fiscalização e da possível multa e apreensão de mercadorias, caso algum camelô esteja vendendo nas ruas. Segundo Maria Caldas, a orientação é que não ocorra violência na apreensão das mercadorias.

Os camelôs ouvidos pelo Bhaz estão receosos da fiscalização, mas alegam não terem outra alternativa de trabalho. “Se a fiscalização vier, eu vou sair, mas depois vou voltar de novo”, afirmou Enires de Santana, 51 anos, que há 2 anos encontrou na venda de balas uma saída para o desemprego. “Vou obedecer porque não vou desacatar autoridade e também porque tenho medo da polícia atacar”, completou a ambulante.

Jessica Araújo também revelou medo da fiscalização. “Não há necessidade de ficar confrontando os fiscais. Então, não vou resistir. Mas por que razão eles não nos deixam trabalhar em paz? Não estamos fazendo mal a ninguém”, comentou a jovem de 22 anos, vendedora de calçados infantis nos arredores da rodoviária.

A prefeitura afirmou que após os camelôs deixarem as calçadas, passarão um período dentro dos shoppings populares, onde serão concedidos espaços para que armem as bancas com mercadorias. O processo durará quatro meses, tempo estabelecido para a transição efetiva desses comerciantes.

Letícia Almeida

Letícia Almeida é redatora no Portal Bhaz

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!