A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) estendeu até o próximo dia 25 de julho o prazo para que os camelôs contemplados no sorteio das vagas em shoppings populares manifestem interesse em assumir as vagas.
O acordo para a extensão da data foi definida junto ao Ministério Público de Minas Gerais. As vagas sorteadas foram para os shoppings Uai Centro e Uai O Ponto, em Venda Nova. Das vagas ofertadas, sobraram 413, pois o número de camelôs inscritos foi inferior ao de vagas.
A partir da próxima segunda-feira (17) os camelôs deverão confirmar o interesse apenas na unidade do centro do Shopping Uai, localizado na Rua Saturnino de Brito, 17, Centro, das 9h às 17h. É preciso levar o documento de identidade oficial com foto, CPF e comprovante de residência.
A retirada dos camelôs das ruas do centro de Belo Horizonte faz parte de uma ação da PBH que teve início no começo do mês de julho, causando o descontentamento de muitos profissionais que utilizam os logradouros para trabalhar. Manifestações foram realizadas pela categoria com o objetivo de poder continuar nas ruas. No entanto, a decisão do prefeito Alexandre Kalil (PHS) não foi alterada.
A lista completa de todos os camelôs sorteados e a vaga correspondente pode ser conferida no site da PBH. O edital que credenciou os shoppings populares para ofertar vagas temporárias faz parte do Plano de Ação do Hipercentro, que prevê a oferta de oportunidades para qualificação profissional dos camelôs e sua inserção no mercado formal de trabalho.
Nessa quarta-feira (12) o Projeto de Lei 309/17, que autoriza a prefeitura a arcar com parte das despesas condominiais e de locação de boxes em shoppings populares para camelôs, foi aprovado sem alterações no Plenário, em 1º turno. De acordo com o projeto, poderão inscrever-se para trabalhar nos shoppings populares os camelôs atuantes na região do hipercentro, domiciliados no município de Belo Horizonte e previamente cadastrados pela prefeitura.
No projeto, a PBH fixa em R$ 30 o valor máximo a ser cobrado dos camelôs por aluguel de espaços comerciais e despesas condominiais, por metro quadrado de locação, nos shoppings populares nos três primeiros meses. Os valores subirão ao longo do tempo, atingindo o teto de R$1.670 na soma do que for cobrado entre o 52º e o 60º mês de vigência do contrato de locação.
O projeto também autoriza a concessão de benefícios aos proprietários dos centros de comércio popular que locarem aos camelôs espaços comerciais nas condições previstas pela prefeitura.
Da PBH e da Câmara