Com arquivamento de denúncia, Temer diz que seguirá com reformas

Michel Temer assumiu a Presidência da República em 12 de maio de 2016

O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou em pronunciamento na noite dessa quarta-feira (2) que seu governo continuará realizando as reformas necessárias para que o país possa melhorar cada vez mais.

O pronunciamento foi feito após a votação ocorrida na Câmara dos Deputados que decidiu pelo arquivamento da denúncia contrária a ele. Com 263 votos favoráveis ao presidente, os deputados decidiram que a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não será encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) imediatamente. Porém, o peemedebista poderá ser investigado ao final de seu mandato em 2018.

Durante oito minutos, Michel Temer afirmou que o objetivo de seu governo “é fazer um Brasil cada vez melhor” e que irá construir um país livre do ódio e do rancor. Foi abordado no pronunciamento a reforma trabalhista, e a queda dos juros e da inflação. “Nós faremos muito mais ao colocar as nossas contas em ordem, de forma definitiva e equilibrada. E faremos também todas as demais reformas estruturantes que o país necessita”, concluiu.

Com o impedimento da autorização da investigação, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) irá comunicar ao STF o resultado da votação e a impossibilidade de abrir investigação contra o presidente.

Sessão foi marcada por tensão

Como era de se esperar, o clima entre os deputados estavam à flor da pele. Enquanto a oposição tentava adiar o começo da votação, a base de Michel Temer foi mais rápida e conseguiu o número de parlamentares suficientes. Chamado pelo nome, cada deputado dirigia-se ao microfone e anunciava o voto.

Provocações de ambas as partes aconteceram. Faixas pedindo a saída do presidente do cargo e boneco inflável do ex-presidente Lula marcaram a sessão.

Após a votação, os aliados de Michel Temer afirmaram que “o governo ganhará cada vez mais apoio dos deputados e que demonstrou forte poder de negociação”, segundo o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

Já a oposição alegou que o “governo ganhou, mas não levou”, pois não terá força suficiente para aprovar as reformas que almeja. “É uma vitória de pirro do governo. Perde força, perde credibilidade e perde na governabilidade, que era a única coisa que sustentava o governo Temer”, disse o deputado José Guimarães (PT-CE).

Da Agência Brasil

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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