Polícia abre inquérito para investigar incêndio que destruiu a Casa da Árvore

No fim da tarde, houve protesto no local onde estava a Casa da Árvore

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu inquérito, nesta segunda-feira (25), para investigar as causas do incêndio que destruiu completamente a Casa da Árvore, localizada no bairro Jardim América, na região Oeste da capital. O fogo consumiu a residência na noite desse domingo (24). A Casa da Árvore era uma edificação de madeira construída por moradores rua, que, no local, instalaram, também, uma biblioteca com livros doados.

Na tarde desta segunda-feira, 25, no local onde estava a Casa, simpatizantes do projeto realizaram um protesto. O objetivo da manifestação era pressionar as autoridades a investigarem as causas do incêndio e mobilizar as pessoas para a reconstrução do imóvel. Como primeiro passo nesse sentido, a Polícia Civil informou que irá requisitar as imagens das câmeras de segurança existentes nas proximidades.

Na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o ato recebeu o apoio das vereadoras Áurea Carolina e Cida Falabella, ambas do Psol, que, por meio das redes sociais, protestaram contra a destruição da Casa da Árvore, movimento que também recebeu a solidariedade das Brigadas Populares.

A hipótese de que o incêndio tenha sido criminoso não é descartada por membros de organizações que apoiam a Casa e, até mesmo, por populares da região. Para a assessora Isabela Gonçalves, ainda que não se tenha provas, há a suspeita de que o incêndio tenha sido criminoso. “É estranho que, num momento de ostensivas rondas policiais no local, aconteça esse incêndio. Por isso, achamos que é um caso de extrema gravidade e que demanda de uma investigação séria”, afirmou.

Além do espaço físico perdido, o incêndio consumiu o amplo acervo de livros que havia no local.  Mais de duas mil obras literárias foram queimadas. “Se esse incêndio for de ordem criminal será a comprovação de que vivemos em uma época de muito ódio, pois o espaço era amplamente utilizado pelas pessoas em situação de rua”, concluiu.

A queima do espaço comoveu os internautas. Em matéria publicada pelo Bhaz, eles manifestaram de diversas formas a tristeza pelo ocorrido.



 

 

 

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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