Jornalista japonesa morre após acumular 159 horas extras no trabalho

Reprodução/The Guardian

Uma jornalista de 31 anos do canal televisivo NHK, cobriu durante um mês, duas eleições em 2013 em Tóquio, no Japão. Miwa Sado trabalhava todos os dias, muitas vezes até meia noite, e praticamente não folgava. Com isso, a jornalista acumulou 159 horas extras.

Após um mês do término das coberturas, alguns dias depois do fim da segunda eleição, a profissional teve um ataque cardíaco fulminante e faleceu. Somente agora, quatro anos depois, a rede televisiva trouxe o caso a tona.

A NHK noticiou a tragédia e pediu desculpas à família da jornalista que fazia a cobertura de política em Tóquio. O presidente da emissora visitou o local e os pais de Miwa Sato, e exigiu mudanças no ritmo de trabalho para evitar novas vítimas.

Na época, um inquérito foi aberto para investigar o caso e foi concluído que a causa da morte foi o estresse pelo excesso de trabalho. A jornalista só teve dois dias de folga desde que começou a cobrir as eleições em Tóquio. A profissional só foi encontrada três dias depois do fim da última eleição.

Um relatório divulgado pelo governo japonês nessa sexta-feira (6) mostra que houve, entre março de 2016 e março de 2017, 191 casos de morte por excesso de trabalho no Japão. De acordo com o documento, 7,7% dos trabalhadores fazem 20 horas semanais.

 

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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