Você certamente já ouviu falar em pole dance, não é mesmo? Pois bem, a prática que envolve fazer acrobacias em uma barra americana é, na maioria das vezes, associada à sensualidade. Mas, o que muita gente não sabe é que existe uma categoria de competição que premia os praticantes da “dança-ginástica”. E uma belo-horizontina de 37 anos acaba de colocar o nome dela na lista de melhores entre os países da América. Rebecca Nogueira é campeã pan-americana de Pole Dance Sport. Ela conquistou o título nesse domingo (8) durante a competição realizada em Santiago, no Chile.
Em conversa com o Bhaz, a campeã explicou que o pole sport é a categoria competitiva do já conhecido pole dance. Nessa competição Rebecca disputou na categoria amador e com a conquista subiu mais um degrau e passará a competir com os atletas de nível profissional. Nas apresentações, os avaliadores baseiam-se em três critérios para definirem a melhor coreografia: acrobacia, apresentação artística e nível técnico. “Em cada categoria as exigências são diferentes. É importante destacar que o pole sport é a categoria do pole dance na qual a exigência é cobrada de forma intensa”, afirmou.
Chegar até o campeonato pan-americano exigiu esforço e até mesmo um período para cuidar da saúde. Em 2014, ano que Rebecca iniciou a prática das atividades, um problema na coluna fez com que ela trocasse o espaço de ensaios pelo consultório de fisioterapia. Foram 12 meses dedicados à recuperação para que em 2016 ele retomasse a prática.
Ainda quando criança Rebecca já fazia aulas de ginástica e ballet. Isso contribui no desempenho dela em suas apresentações. Além disso, durante 10 anos, a professora de educação física fez aulas de dança folclórica.
Em sua apresentação no campeonato, a mineira fez a coreografia do frevo, dança brasileira oriunda do estado de Pernambuco considerada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO. “Durante o campeonato nacional eu fiz essa coreografia e conquistei o segundo lugar e consequentemente a vaga para o pan-americano. Resolvi permanecer com ela como uma forma de homenagear o Brasil”, disse.
A também professora de pole dance afirma que a atividade “é para todos” e que nunca é tarde para começar. “Tenho uma aluna de 73 anos. Ela é a prova concreta que não há desculpas para não fazer a atividade esportiva”, concluiu.
Esse foi o segundo pan-americano disputado por Rebecca. Em abril deste ano ela estreou na competição em solo brasileiro. O resultado foi muito satisfatório: segundo lugar no campeonato nacional e quarto no pan-americano.