O duplo atentado com caminhões-bomba ocorrido em Mogadiscio, capital da Somália, foi um dos piores já registrado no país. De acordo com autoridades locais, o número de mortos chegou a 230 e deixou cerca de 350 pessoas feridas.
O secretário-geral da Nações Unidas, António Guterres, condenou o ataque e pediu para que a população da Somália se una neste momento de dor em todo o país e que o terrorismo seja combatido. Ele aproveitou a oportunidade para enviar condolências às famílias das vítimas e desejou pronta recuperação aos feridos.
O atentado atingiu o Hotel Safari e um concorrido mercado da capital, no último sábado (14). A maioria dos mortos eram ambulantes que vendiam produtos em uma das ruas mais movimentadas da cidade. Entre uma das vítimas está um funcionário do Ministério do Comércio.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha confirmou, em um comunicado, que quatro de seus colaboradores locais estão entre os mortos. Porém, há a possibilidade que o número aumente, pois muitos membros da organização estão desaparecidos.
O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmajo, decretou três dias de luto e fez um apelo urgente à população para que ocorra doação de sangue nos hospitais. Muitas unidades hospitalares estão sem condições de atender e salvar a vida dos feridos.
Situada na costa leste do continente africano, na região conhecida como Chifre da África, a Somália tem mais de 10 milhões de habitantes e é um país de maioria muçulmana.
Da Agência Brasil