Operação contra fabricação clandestina de cigarros é realizada em MG

Selos do IPI também eram falsificados pela empresa

Em parceria com a Receita Federal, foi realizada nesta quarta-feira (13), a operação Cortina de Fumaça, na Zona da Mata mineira. O objetivo é acabar com um esquema de fabricação clandestina e comercialização ilegal de cigarros.

Investigações apontam que a empresa responsável pela produção estava com o registro suspenso e que, mesmo assim, continuava atuando no mercado, na cidade de Visconde do Rio Branco. Para conseguir adquirir matéria-prima, eles usavam empresas de fachada pertencentes ao mesmo grupo. Os cigarros produzidos eram das marcas Mixx e Real Gold.

Em 2016, a Receita Federal identificou e apreendeu caixas de cigarros produzidos pela indústria no interior do estado de São Paulo.

Recentemente, diligências realizadas pela Polícia Civil e Receita Estadual confirmaram a atualidade da fraude, apurando a venda de caixas de cigarros Mixx em pequenos estabelecimentos comerciais no interior de Minais Gerais. As vendas eram principalmente nas cidades de Leopoldina, Ubá e São João del-Rei.

Há também indícios da falsificação de selos de IPI. Em exame preliminar, realizado em maços da marca Mixx, foi constatado a inautenticidade do material utilizado pelos investigados para substituir o selo original confeccionado pela Casa da Moeda. Além da falsificação, foi apurado o uso de selos sem validade, estocados pela indústria após ter suspensa sua autorização para funcionar.

Durante a ação, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em empresas e residências, sendo dez na comarca de Visconde de Rio Branco, um em Piranga e outro em Coimbra.

Com a falta de pagamento de tributos resultou um prejuízo em mais de R$ 75 milhões aos cofres públicos. Participaram da operação três promotores de Justiça, 26 policiais civis, 24 servidores da Fazenda e 16 auditores da Receita Federal.

Do MPMG

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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