Casa do Artesanato irá fortalecer cadeia produtiva do setor em Minas

O governo de Minas Gerais vai implantar em Belo Horizonte a Casa do Artesanato Mineiro, um espaço público destinado à capacitação e ao fortalecimento da cadeira produtiva do setor. No local, artesãos de todo o estado poderão participar de cursos e oficinas para aprimorar seus trabalhos. A novidade foi apresentada durante a Feira Nacional do Artesanato, que ocorreu na semana passada.

Com inauguração prevista para março, a Casa do Artesanato Mineiro vai funcionar no bairro Pompeia, em edifício onde antes funcionava o Centro de Referências dos Resíduos Sólidos. A nova estrutura será administrada pela Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais de Minas Gerais (Seedif). “A mais importante agenda neste tempo de crise deve ser o fortalecimento das pessoas que produzem. Um segmento que tem mais de 300 mil trabalhadores até hoje não tinha uma só política pública. Estamos reparando este equívoco”, disse o secretário da pasta Wadson Ribeiro.

A Casa do Artesanato Mineiro está prevista em decreto assinado pelo governador Fernando Pimentel no dia 5 de dezembro. Ela é parte do Projeto Mais Artesanato, que visa fomentar e valorizar o trabalho artesanal como estratégico para o desenvolvimento econômico e sustentável do estado. Entre as diretrizes do projeto, estão a preservação da tradição artesanal, valorização dos territórios e o estímulo ao cooperativismo e o associativismo.

Além da construção da Casa do Artesanato Mineiro, o Projeto Mais Artesanato prevê a elaboração do Plano Quadrienal de Desenvolvimento do Artesanato de Minas Gerais, que deverá versar sobre cinco tópicos: legislação e políticas públicas, comercialização, desenvolvimento regional, inclusão e desenvolvimento social, e salvaguarda dos mestres artesãos. “Queremos retirar o artesanato mineiro da lateralidade e lembrar que o artesão faz parte do PIB do estado”, disse Pedro Leão, subsecretário de desenvolvimento integrado da Seedif e membro da coordenação do projeto.

Prêmio

O artesanato mineiro dominou, no ano passado, o 4º Prêmio Sebrae Top 100, um dos mais cobiçados do setor. Foram 13 premiados, superando Pernambuco, com dez agraciados, e Pará e Santa Catarina, com sete cada um. A produção é diversificada e se observa vocações específicas em diversos municípios do estado: trabalhos com madeira, argila, bordado, fibras naturais e sucata atraem olhares do mercado nacional e internacional. Segundo estimativas da Seedif, Minas Gerais reúne ao todo 300 mil artesões e fomenta uma cadeia produtiva responsável por movimentar cerca de R$ 2,2 bilhões por ano.

O Projeto Mais Artesanato prevê o mapeamento da atividade artesanal no estado. Para tanto, um instrumento é a Carteira Nacional do Artesão, criada em 2012 como desdobramento do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB). Ela é fornecida gratuitamente e funciona como uma identificação nacional do trabalhador. Entre os benefícios de possuí-la estão facilidades para participar em feiras de artesanato no país e no exterior e para realizar oficinas e cursos na área.

Da Agência Brasil

Eliza Dinah

Jornalista e redatora do portal Bhaz

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