Governo de Minas decreta situação de emergência por surto de febre amarela

Reprodução/Agência Brasil

O Governo do Minas Gerais decretou, no início deste sábado (20), situação de emergência por 180 dias em decorrência do surto de febre amarela no estado. Com o decreto publicado no diário oficial, 94 municípios que compõe as áreas da grande Belo Horizonte, região Central e Zona da Mata podem comprar insumos, materiais para o combate da doença e prestação de serviços sem necessidade de licitação.

A medida tem o objetivo de acelerar o processo de prevenção da doença, que já matou pelo menos 16 pessoas em Minas do final do ano passado até hoje. O mesmo ocorreu em 2017, quando 152 municípios tiveram surto de febre amarela e um grande número de mortes no Vale do Rio Doce.

São 39 cidades na regional de BH, incluindo a capital, 25 na de Itabira (Região Central) e 30 na de Ponte Nova (Zona da Mata). O governo quer agilizar o processo e diminuir as burocracias para que não se tenha tempo perdido. O Estado também afirma que isso não significa que todos os municípios envolvidos tenham casos da doença.

A Regional de Saúde de BH possui sete cidades com casos de febre amarela: Belo Horizonte, Brumadinho, Caeté, Itabirito, Mariana, Nova Lima e Rio Acima. No total são 17 pacientes, sendo que 11 chegaram a óbito.

Postos de vacinação em BH

O aumento no número de pessoas com febre amarela em Belo Horizonte e região metropolitana fez a Prefeitura da capital intensificar a vacinação contra a doença. Neste sábado (20), os 152 centros de saúde funcionarão das 8h às 17h com objetivo de imunizar os belo-horizontinos.

Agora, a prefeitura pretende ter 95% da população imunizada contra a doença. É importante lembrar que quem já tomou uma dose da vacina não precisa ir ao posto, pois a dose é única valendo dessa forma para toda vida. Atualmente 86% da população de BH está imunizada.

Pessoas acima de nove meses de vida podem receber a vacinação. O aumento dos casos confirmados de febre amarela fez com que a vacinação também fosse aplicada em pessoa acima dos 60 anos e em gestantes e lactantes. Porém, a vacina é contraindicada em alguns casos. Confira:

  • Crianças menores de 9 meses de vida;
  • Pessoas com alergia grave ao ovo ou outro componente da vacina;
  • Portadores de imunosupressão grave;
  • Pessoas em uso de corticóide em doses elevadas;
  • Portadores de doenças: lúpus, artrite reumatoide, doenças de Addison e do Timo (miastenia gravis, timona).
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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