Ativista critica fantasias de índios durante Carnaval e afirma que é preconceito

Artista gravou vídeos esclarecendo que não se deve fantasiar de índio

A artista e ativista indígena Katú Mirim utilizou as redes sociais para criticar a utilização de fantasias de índio durante o Carnaval. Em sua página no Facebook, ela afirmou que fantasiar de indígenas é uma forma de preconceito.

Desta forma, seria uma apropriação cultural e que não pode ser considerada uma forma de homenagem aos nativos. “Se você apóia nossa causa e o nosso movimento não se fantasie”, disse na publicação que já teve mais 241 mil visualizações.

Em seu canal no YouTube, Katú disponibilizou um vídeo onde fala sobre como os povos indígenas sentem ao ver as pessoas fantasiadas neste período do ano. “Você acha que nós nos sentimos homenageados com as fantasias? É muito fácil falar que é indígena quando lhe convém e colocar um cocar para chamar atenção. Carnaval não é momento de usar cocar”, desabafou.

Baseando no significado de fantasia ela afirmou. “Fantasia é algo que não existe. Pessoas e culturas existem e precisam ser respeitadas”, disse Katú. Na publicação ela ainda critica os artistas e figura públicas que fantasiaram de nativos durante o baile da Vougue.

Nos comentários a ativista recebeu incentivos de alguns internautas. “Fale e fale alto. Ninguém pode te calar. A cultura indígena é resistência, os adereços usados são história e a pintura, tradição. Tem significado e simbologia. Mais do que respeitar, é preciso valorizar e garantir o viver indígena”, escreveu uma usuária.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!