O governo desistiu de votar a reforma da Previdência. O porta-voz da decisão foi o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que admitiu haver “insegurança jurídica” sobre a possibilidade de se continuar discutindo a reforma durante o período da intervenção no sistema de segurança do Rio de Janeiro e suspender o decreto para promulgar as alterações na Previdência, como era o plano do presidente Michel Temer. “Hoje, a tramitação da reforma da Previdência está suspensa”, disse Marun.
A decisão de suspender a reforma aconteceu em reunião na tarde desta segunda-feira (19). A decisão veio após a reunião entre ministros e integrantes do Conselho de Defesa Nacional. Na reunião foi constatado que suspender o decreto desmoralizaria a intervenção.
Com isso, o presidente se contradiz em relação ao anúncio feito na última sexta-feira (16), em que afirmou que a intervenção militar no Rio de Janeiro seria suspensa no momento em que a proposta alcançasse os votos necessários para sua votação.
Com o novo cenário traçado, o Governo Federal deve iniciar uma agenda paralela à reforma e começar a implementar medidas econômicas, como a privatização da Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras), revisão de desonerações e a apresentação de um pacote para a segurança pública.