O presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira (23), em entrevista à Rádio Bandeirantes, de São Paulo, que se houver um confronto entre um marginal, um bandido armado e um militar, a ordem é ir para o combate. “Esperamos que não aconteça. Se houver necessidade e for necessário é para partir para o confronto”, destacou Temer. Ele explicou que, no decreto de intervenção na segurança do Rio de Janeiro há salvaguarda na questão de julgamento dos militares.
Na entrevista, Michel Temer disse que se a intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro não der certo, o governo não deu certo. “Se não der certo, não deu certo o governo, porque o comandante supremo das Forças Armadas é o presidente da República. De modo que as Forças Armadas nada mais fizeram do que obedecer o comando do seu comandante supremo. Se não der certo, foi o governo que errou, não foram as Forças Armadas”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Intervenção total
Na entrevista, Temer disse que o governo federal chegou a cogitar uma intervenção total no Rio de Janeiro. Mas, segundo o presidente, a uma medida era “muito radical” e, por isso, foi descartada.
Temer explicou que em uma intervenção total o governador pode ser afastado. Ele foi questionado pelo jornalista José Luiz Datena se isso foi cogitado. “Claro, foi cogitado num primeiro momento, mas logo afastei a ideia por que seria uma coisa muito radical, e logo refutei. E refutando ficamos com a conclusão de que deveríamos intervir na área da segurança pública e no sistema penitenciário”.
Temer disse que ele e ministros conversaram com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que concordou com a intervenção na área de segurança pública. O presidente destacou que não se trata de uma intervenção militar, mas sim civil. “É uma intervenção civil, administrativa, com a presença dos militares”. Temer disse ter “absoluta convicção” de que a intervenção “dará certo”. “É um jogo de alto risco, mas é um jogo necessário”.