Mototaxista confessa assassinato de jovem na região metropolitana; vítima levou facadas no pescoço

Divulgação/Polícia Civil

Um esforço conjunto das Polícias Civis de Minas Gerais e do Espírito Santo resultou na prisão de um mototaxista de 33 anos. Ele estava foragido na cidade de Guarapari (ES) em razão do homicídio de uma jovem, de 26. A vítima foi vista pela última vez no dia 28 de janeiro deste ano, quando saía de uma casa noturna em Lagoa Santa, região Metropolitana de Belo Horizonte.

Testemunhas afirmam que a moça foi embora de uma boate utilizando o serviço de mototáxi. O corpo dela foi localizado três dias depois, no dia 31, na estrada Alto das Maravilhas, em Santa Luzia (RMBH), com marcas de facada e em estado de decomposição.

No dia 30, a família havia registrado na polícia, em Lagoa Santa, o desaparecimento da jovem, ocasião em que se iniciaram os trabalhos para a localização dela. Já no dia seguinte, com o encontro do corpo, foi dado  início às investigações para a apuração do crime.

“Em contato com a delegacia de Polícia de Lagoa Santa, apesar do avançado estado de decomposição da vítima, em razão das intempéries do tempo, considerando as circunstâncias, características do descobrimento corpo, bem como vestimenta e objetos arrecadados no local, o corpo localizado foi imediatamente vinculado à jovem, até aquele momento tida como desaparecida”, contou a delegada que coordenou as investigações sobre o homicídio, Adriana Rosa.

Divulgação/Polícia Civil

Em uma operação conjunta da Delegacia Especializada em Homicídios Santa Luzia e da Delegacia de Lagoa Santa, com o apoio da Delegacia Regional de Guarapari (ES), foi cumprido mandado de prisão preventiva contra o autor do crime, no dia 21 de fevereiro deste ano.

Á polícia, o mototaxista confessou ter executado a vítima com golpes de faca no pescoço. O suspeito alega que, após o consumo de cocaína, teria ouvido uma voz pedindo a ele uma “alma”, o que o teria motivado a matar. No entanto, a polícia não acredita na versão apresentada pelo investigado. As investigações continuam em curso para esclarecer a motivação do crime, assim como para apurar se ele agiu sozinho.

O Chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Rogério de Melo Franco, destacou que, em casos de desaparecimento, a família deve procurar a polícia para início imediato das investigações. “Não é necessário aguardar 48 horas para fazer a ocorrência. A Polícia deve ser acionada assim que a família perceber o desaparecimento do ente”, reforçou o chefe do DHPP.

Investigações

No curso das investigações, a polícia identificou o mototaxista como principal suspeito. Investigado e vítima já se conheciam, visto que a moça havia contratado os serviços de mototáxi do suspeito em outras ocasiões. Nas proximidades em que o corpo da vítima foi encontrado, foram localizados a motocicleta e o capacete que o suspeito utilizava.

A namorada do suspeito relatou que o recebeu em casa, na manhã do dia 29 de janeiro, com as roupas sujas de lama e manchas semelhantes a sangue. Ele alegou ter tido a moto roubada, mas se negou a registrar ocorrência. Sem contar detalhes sobre o suposto roubo, o homem não foi mais visto pela namorada ou por familiares. Na roupa dele, entregues pela namorada, a perícia da Polícia Civil detectou a presença de sangue humano. Foram colhidos materiais genéticos dos pais da vítima a fim de confrontar o DNA com o sangue extraído.

Da Polícia Civil

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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