Transoeste: empresa tem ônibus apreendidos por dívida de R$ 1,2 milhão

Após o acidente na região do Barreiro que deixou cinco mortes no Carnaval e da interrupção da viagem de dois outros ônibus (por problemas nos freios e na direção), a empresa Transoeste voltou aos holofotes. Desta vez, três ônibus da empresa foram apreendidos por conta de dívidas com credores. A dívida é de R$ 1,2 milhão e refere-se ao atraso no pagamento de parcelas do financiamento dos veículos.

A apreensão aconteceu durante a madrugada desta quinta-feira (22), por volta de 1h40. De acordo com a Justiça, a decisão determinava a remoção de cinco ônibus comprados pela empresa e que não foram pagos, até o momento. Entretanto, os oficiais de justiça encontraram apenas três veículos articulados, do modelo Move.

Outros dois ônibus, que não são articulados, não foram encontrados na garagem, mas também devem ser removidos para o pátio. Os cinco ônibus foram adquiridos pela Transoeste junto ao Banco Volvo, autor da ação.

Os veículos são novos, com fabricação entre os anos 2009 e 2014. Os Moves apreendidos integravam as linhas 50 (Estação Pampulha/Centro – Direta) e 52 (Estação Pampulha/avenida Antonio Carlos).

O Bhaz entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), que responde pela Transoeste. Segundo o órgão, a operação das linhas 50 e 52 ocorre com a utilização de veículos reservas e sem omissão de viagens. “Todas as viagens estão sendo realizadas conforme o quadro de horários das linhas, sem qualquer prejuízo à população”, disse a nota.

BHTrans x Vereadores

O Bhaz esteve recentemente na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte (CMBH) para apurar, em meio à polêmica em torno da CPI da “caixa-preta da BHTrans”, o que estava sendo feito em relação à empresa Transoeste. Alguns vereadores disseram que, por várias vezes, a BHTrans foi acionada para prestar esclarecimentos e não o fez.

Em nota, a BHTrans negou os fatos. “Todas as solicitações dos vereadores que chegam à empresa são prontamente atendidas. A BHTrans informa ainda que está sempre à disposição para responder os questionamentos sobre o trânsito e transporte da capital”, afirmou.

De olho na Transoeste

Em nota, a BHTrans explicou também que a Transoeste está sob a atenção do órgão, no que se diz respeito ao serviço de transporte da cidade. Confira a nota na íntegra::

“A Transoeste tem o dever de cumprir os quadros de horários das linhas, podendo ser autuada caso não cumpra as viagens especificadas. Os consórcios devem sempre remanejar a sua frota de forma a garantir o atendimento à população.

A BHTrans trabalha continuamente na melhoria dos serviços ofertados aos usuários e realiza um rigoroso acompanhamento da qualidade do serviço prestado no transporte coletivo na capital, seja convencional ou suplementar.

A empresa conta com seus agentes em campo para realizar fiscalização presencial da qualidade dos serviços ofertados. Nesse sentido, são realizadas fiscalizações específicas nas linhas mais reclamadas, envolvendo fiscalização de pontos finais e pontos de embarque e desembarque, viagens a bordo, dentre outras.

Além da fiscalização presencial, a empresa vem intensificando cada vez mais sua fiscalização eletrônica. Por meio dos dados do SITBus (Sistema Inteligente de Transporte) e do SBE (Sistema de Bilhetagem Eletrônica), é possível monitorar questões relativas ao cumprimento do quadro de horários e nível de ocupação dos veículos, dentre outras.

As vistorias nos ônibus municipais são rotineiras e obrigatórias para checagens de itens de segurança, como sistemas de freios, de suspensão, parte mecânica e outros itens, como chassi e equipamentos de identificação dos veículos e atinge, além do transporte coletivo por ônibus (convencional e suplementar), o serviço escolar e o de táxi.

Apenas com todos os itens em acordo com as normas de segurança é emitida a Autorização de Tráfego para que o veículo possa prestar o serviço à população. Além das checagens programadas, a empresa realiza, de forma aleatória, vistorias eventuais nas garagens e nos pontos finais das empresas de ônibus.

Além das vistorias, as reclamações que chegam à empresa, através do canal direto de relacionamento com o usuário, servem como balizadores das ações de fiscalização, por meio da central de atendimento da PBH, no telefone 156, ou no portal da BHTrans: www.bhtrans.pbh.gov.br

A fiscalização realizada por meio dos Agentes de Transportes e Trânsito da BHTRans, com presença tanto nas ruas quanto nas garagens, ao confirmar irregularidades, aplica as devidas penalidades às concessionárias, conforme estabelecido nos contratos de concessão do transporte coletivo.

Por fim, é importante destacar que cabe às empresas operadoras, por meio de suas garagens, fazer trabalhos de manutenção preventiva e corretiva em seus veículos conforme critérios recomendados pelas fabricantes”.

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