A Polícia Federal e a Controladoria-Geral do Ministério da Fazenda deflagraram nesta sexta-feira (23) a segunda etapa da Operação Vícios, que investiga fraude em licitação na Casa do Moeda do Brasil. A operação chegou a dois municípios de Minas: Itajubá e Brazópolis, ambos no Sul de Minas. Além de Minas, a investigação é feita no Rio, São Paulo e São José dos Campos (SP), onde foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, a suspeita é que uma empresa privada tenha sido beneficiada por uma licitação destinada à aquisição de equipamentos utilizados na fabricação de dinheiro. Os equipamentos custaram à Casa da Moeda R$ 300 milhões. Para a PF, foram feitos pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos para que a empresa tivesse sucesso na licitação, ocorrida em 2009.
A primeira etapa da investigação de fraudes na Casa da Moeda, deflagrada em julho der 2015, apurou suspeita de que funcionários da Casa da Moeda estariam tentando direcionar procedimento licitatório para a recontratação da empresa Sicpa Brasil Indústria de Tintas e Sistemas como prestadora de serviços, em um contrato com faturamento de R$ 6 bilhões em seis anos, com suspeita de pagamento de R$ 100 milhões em propina para funcionários dos órgãos públicos.
Na ocasião, 23 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Rio, São Paulo e Brasília, inclusive em dependências da Receita Federal e da Casa da Moeda.