Os alunos já estão de volta e a beleza do prédio tombado da Escola Estadual Barão do Rio Branco, construído nos idos de 1906, salta aos olhos dos que passam pela avenida Getúlio Vargas, na Savassi, região Centro-Sul. Foram seis anos de reforma do prédio que agora passa pelos últimos retoques, apesar dos 1,3 mil estudantes já terem retomados as aulas no local desde o início do ano letivo.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, ainda não há data prevista para a inauguração do prédio. A Escola Estadual Barão do Rio Branco completa 111 anos e foi construída para atender à demanda daqueles que vieram construir Belo Horizonte. Desta forma, foi o primeira escola da capital mineira, construída numa área de 4,6 mil metros quadrados.
A escola, que foi considerada de excelência, teve alunos ilustres como os políticos mineiros Arthur Bernardes, Otacílio Negrão de Lima, Américo René Gianetti e Israel Pinheiro. Um dos ex-alunos que fala com carinho da escola é Frei Betto, autor de 53 livros. Ele foi aluno da escola da primeira à quarta série do antigo primário, entre 1950 e 1954. “Meus pais estudaram lá e seus oito filhos idem. O Barão é uma das típicas faces de Belo Horizonte, como a Pampulha e o Mercado Municipal”.
Restauração da tradição
A reforma, que consumiu três vezes mais o tempo previsto de dois anos, abrangeu a construção de novos espaços, além da reforma de rede elétrica, hidráulica e restauração das características arquitetônicas do prédio, incluindo as pinturas artísticas originais, paisagismo, prevenção de combate a incêndio, central de gás, área de resíduos sólidos, além de construção da quadra poliesportiva e de dois blocos de edificações, adequados às normas de acessibilidade.
Além do Barão do Rio Branco, pelo menos outras três escolas tradicionais da capital foram reformadas. A Escola Estadual Governador Milton Campos, chamado carinhosamente de Estadual Central terá iniciada a segunda fase de reformas já que licitação definiu a empresa que vai fazer a reforma, que inclui paisagismo e melhorias na unidade II.
A primeira etapa das obras no prédio do Estadual Central, projetado por Oscar Niemeyer, foi concluída há dois anos, com restauração e reforma geral da unidade I. As obras incluíram a reforma dos blocos da administração e da cantina, além de todas as 30 salas de aula do segundo piso, pilotis e auditório. Foram instalados um elevador para acesso do pilotis ao segundo andar, telhas acústicas para reduzir ruídos externos, além da impermeabilização da laje da cobertura e reforma do auditório.
Na Escola Estadual Pandiá Calógeras, a obra está em fase de finalização e, desde o ano passado, as atividades da escola já foram retomadas no prédio original. A única escola com a reforma concluída é a Escola Estadual Barão de Macaúbas, que foi entregue à comunidade em setembro passado.