Sind-UTE denuncia suposto vazamento de fotos do caderno de questões do concurso da SEE

Em alguns locais, policiais foram chamados; provas foram fotografadas pelos candidatos

Os candidatos que prestaram as provas do concurso público da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (Concurso SEE MG) enfrentaram alguns problemas no último domingo (8), entre eles, o suposto vazamento de fotos do caderno de respostas e o atraso de 60 minutos para o início das provas.

De acordo com o edital, o concurso oferece 16 mil vagas para o cargo de professor de educação básica e 700 vagas para especialista em educação básica. As provas ocorreram nos turnos da manhã e tarde. O documento ainda informa que não seria permitido o uso de celular, entre outros eletrônicos.

Candidatos que realizaram as provas em Belo Horizonte, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas), relataram que os portões não foram abertos no horário estipulado pelo edital, gerando bastante revolta.

Momento em que candidatos esperam a abertura dos portões (Reprodução/Facebook)

A educadora Daiane Chicarelli, relatou que após as 7h (horário previsto para o fechamento dos portões), foi mais de uma hora de espera, não tendo havido qualquer explicação para o atraso por parte da coordenação do concurso. “Os portões acabaram sendo abertos depois das 8h20 – sendo que a prova tinha que começar as 8h”, relata. A candidata ainda diz que após a abertura e início das provas, houve casos de fiscais manuseando celular dentro de sala.

De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), em algumas regiões do Estado, “pessoas fizeram filmagens dentro das salas de prova, fotografias de gabaritos, de pacotes de provas, de listas de presença e de questões de provas, com a utilização de celulares dentro das salas para posterior divulgação”, afirma em nota.

Outro candidato de Ipatinga, que não quis se identificar, nos conta que faltaram provas para alguns candidatos em Coronel Fabriciano. “Para piorar a situação, os fiscais usaram provas de candidatos para serem xerocadas para quem não tinha. O pessoal chamou a polícia, fizeram ocorrência. Estou achando que devem cancelar esse concurso.”

Nas redes sociais, vários candidatos manifestaram indignação com a coordenação do concurso. As infrações foram registradas através de fotos e vídeos.

 

Neste vídeo, cujo local de gravação não foi identificado,  candidatos indignados conversam com um policial. Nele, é possível identificar um fiscal da Fumarc.

Já neste é possível ver que um candidato faz imagens da sala de aula, dos cadernos de provas e de candidatos que, aparentemente, já teriam começado a analisar as questões.

Ao BHaz, a assessoria da Fumarc informou, por meio de nota, que o concurso enfrentou um problema de logística, o que causou o prolongamento do horário de início das provas em 60 minutos. O material de apoio aos fiscais, como a lista de presença dos candidatos, que seria destinado a quatro escolas de Belo Horizonte, foi embarcado em veículo da Fumarc com outra rota de distribuição. Com isso, o veículo da Fumarc teve que retornar ao ponto de origem para a destinação correta do material de apoio, ocasionando a demora.

Ainda em nota, afirmou que para garantir aos candidatos as mesmas condições na realização das provas, o início do concurso, em todas as regiões, ocorreu quando as quatro escolas receberam o material de apoio. Com o objetivo de respeitar o intervalo entre as provas da manhã e tarde, a Fumarc informou que considerando que muitos candidatos participariam dos dois concursos, o início das provas, neste segundo turno, também foi prolongado.

A entidade finaliza que ainda está apurando os fatos envolvendo este concurso.

Marcella Oliveira

Publicitária e redatora do portal BHaz.

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