Eduardo Azeredo pede que “Deus ilumine desembargadores” que analisam recurso

O ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), disse ao jornal “Estado de São Paulo” que espera que os desembargadores sejam iluminados por Deus e acatem seu recurso contra a sentença de 20 anos e um mês, no processo que ficou conhecido como mensalão mineiro. O Tribunal de Justiça de Minas analisa os embargos infringentes da defesa do tucano nesta terça-feira (24).

“Eu espero que Deus ilumine os desembargadores”, afirmou o ex-governador. Azeredo diz que seu processo e condenação são uma forma de compensação pela sentença de petistas no caso do mensalão. Agora, com a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), condenado na Lava-Jato, é preciso ter um réu da oposição.

“Os fatos agora mostram isso. Você vê que continua desse jeito. Você tem que achar alguém para poder compensar”, disse o tucano. “Não pode ser outra coisa do que uma tentativa de compensação. Os petistas mesmo, vira e mexe, falam isso: ‘E o Eduardo Azeredo? E o Eduardo Azeredo?'”, diz o tucano.

A situação de Azeredo se complicou ainda mais com a confirmação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 5 de abril, da decisão de que a prisão após condenação em 2ª instância da Justiça é constitucional. O assunto voltou à pauta em razão do pedido de um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Lula.

Eduardo Azeredo foi condenado em 2015 por envolvimento no chamado Mensalão de Minas e teve sua pena confirmada por dois votos a um, pela 5ª Câmara Criminal do TJMG, em agosto de 2017. O julgamento dos recursos de Azeredo em segunda instância acontece 11 anos depois que ele foi denunciado em 2007.

Segundo o processo, o crimes tiveram origem no período de reeleição do tucano do governo, ainda em 1998. Na denúncia, o político é acusado de ter montado um esquema irregular de companha com desvio de recursos públicos do estado, diretamente ou por meio de empresas estatais.

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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