Professores da rede estadual decidem suspender greve; volta às aulas será na segunda

Em greve desde o dia 8 de março, professores e trabalhadores em educações, através do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE MG), realizaram nesta quarta-feira (18) mais uma assembléia estadual, em que decidiram por suspender a greve temporariamente, com volta às aulas na próxima segunda-feira (23).

A decisão foi tomada na expectativa de que seja aprovada a Proposta de Emenda à Constituição 19 (PEC 19), que tem como objetivo inserir o piso salarial dos professores na Constituição do Estado, explicou Jonas William, diretor do Departamento de Políticas Sociais do Sind-UTE. “Então, enquanto o projeto estiver sendo discutido pelas comissões e até que ele se torne lei, suspenderemos a greve”.

Jonas diz que apesar da suspensão, ainda estão em estado de greve (Henrique Coleho/BHaz)

Apesar da suspensão da greve, os educadores cobram do governo de Fernando Pimentel o cumprimento do Acordo do Piso salarial e das demais questões que foram acertadas com o próprio governo, como o parcelamento de salários e do 13º salário, ausência de repasses para o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) e existência de passivos da carreira, como o não pagamento de férias-prêmio para quem se aposentou, entre outras questões. Também querem a retomada das nomeações de professores aprovados em concurso público.

Professores da rede privada ameaçam entrar em greve

Seguindo o exemplo das ações dos profissionais da rede estadual, os professores da rede privada ameaçam entrar em greve nesta quinta-feira (19). Os profissionais se reúnem de manhã para decidir os rumos da campanha reivindicatória.

Segundo informações do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), em Belo Horizonte, profissionais de cerca de 31 escolas já sinalizaram adesão total à paralisação. Entre as escolas estão Loyola, Instituto Padre Machado, Colégio Imaculada Conceição e Sagrado Coração de Maria. Não há confirmação de greve geral, mas a ação não é descartada pela classe.

O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) diz, em nota, que a decisão é prematura, pois o processo de negociação ainda está em andamento.

Marcella Oliveira

Publicitária e redatora do portal BHaz.

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