A Polícia Civil considera o vereador Wellington Magalhães (PSDC) como foragido pela Justiça. Na manhã desta quarta-feira (18) a 4ª Vara Criminal de Belo Horizonte expediu um mandado de prisão contra o parlamentar que já foi presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Wellington é suspeito de cometer fraudes em licitações de publicidade da Casa Legislativa.
O mandado determinou a prisão de mais sete pessoas, sendo que uma delas é a mulher do vereador. Até o momento seis pessoas já foram presas pela Polícia Civil, incluindo Kelly Magalhães.
Wellington Magalhães é acusado de fraudar licitações nos contratos de publicidade da Casa, que causaram prejuízo que ultrapassa os R$ 30 milhões. Na denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o parlamentar era o líder de toda organização criminosa que usava os serviços da empresa Felling Comunicação, para desviar os recursos.
A investigação é um desmembramento da Operação “Sordidum Publicae”, que traduzido do latim significa “político sujo”. Ao decretar a prisão, o juiz Newton Lívio Lemos Sales afirmou que a liberdade dos suspeitos oferece “grave risco para a ordem pública”, conforme alega o MP.
A operação “Sordidum Publicae” é um desdobramento de outra operação, denominada “Santo de Casa” onde foram realizadas denúncias contra 20 pessoas suspeitas de praticarem crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação pública, embaraço às investigações, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se somadas as penas de todos estes crimes ultrapassa-se os 118 anos de prisão.
Além da prisão do parlamentar e de sua mulher, foram decretadas ainda as do ex-superintendente de comunicação da CMBH, Marcio Fagundes, Marcus Vinícius Ribeiro, Rodrigo Dutra de Oliveira, Christiane de Castro Melo Cabral Ribeiro, Federico Ribeiro Guedes e Paulo Victor Damasceno Ribeiro.