Professores de escolas particulares em BH entram em estado de greve

Professores do Colégio Loyola estão entre os que aderiram à greve

Enquanto os profissionais da rede estadual de ensino suspenderam a greve, professores de escolas particulares em Belo Horizonte decidiram entrar em estado de greve. Os profissionais se reuniram na manhã desta quinta-feira (19) no hall da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para decidir os rumos da campanha reivindicatória.

Segundo informações do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), mais de 1.500 professores do setor privado de ensino participaram da assembleia da categoria. Das resoluções, a categoria novamente rejeitou a proposta patronal e reafirmou a pauta de exigências da categoria perante o Sindicato das Escolas Particulares do Estado de Minas Gerais (Sinep/MG).

Os professores pretendem, também, realizar uma manifestação na porta do Sinep no dia 23, quando farão nova assembléia. Os professores retornam da paralisação no dia seguinte (24), quando realizarão nova assembleia, às 17h, novamente na ALMG.

Entenda o histórico

Os professores reivindicam aumento de 1,57% equivalente à recomposição correspondente à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 3% a título de valorização dos profissionais, totalizando 4,57%. Reivindicam, também a manutenção do sistema de bolsas de estudo para filhos de professores.

Em assembleia ocorrida no ultimo dia 7, professores decidiram rejeitar a contraproposta do Sinep, que retira e altera dezenas de direitos, segundo a categoria. Já na tarde da última terça-feira (17), os dois sindicatos se reuniram para analisar pontos da convenção coletiva de trabalho, também sem avanços.  Na quarta-feira (18), o Sinep/MG convocou assembleia para tratar da negociação.

O Sinep diz, em nota, que a decisão pela greve é prematura, pois o processo de negociação ainda está em andamento. Na nota, o sindicato afirma que tem se esforçado para, “com bastante diálogo, atualizar uma convenção coletiva de trabalho escrita há quase de 60 anos”. De acordo com o sindicato, os encontros com o Sinpro Minas “são feitos com diálogo, ouvindo as demandas, discutindo e apontando também nossas questões”.

Na nota, o sindicado pontua que a situação do setor não é das melhores. “É notória a crise enfrentada por algumas instituições de ensino, ocasionada pela perda de alunos em decorrência da crise econômica nacional, inadimplência, desemprego, diminuição contínua da taxa de natalidade, maior oferta de vagas nas Umeis, bem como a grande diminuição de bolsas do Prouni e novas regras para concessão de financiamentos através do Fies, impedindo que as classes menos favorecidas tenham acesso ao ensino privado”.

 

Marcella Oliveira

Publicitária e redatora do portal BHaz.

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