Uma professora de História Medieval da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) é acusada de ameaçar seus alunos por conta de posicionamentos políticos em sua redes sociais. Rejane Barreto Jardim, que também é doutora e coordena o Laboratório de Estudos Feministas, disse em sua página que os estudantes que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff “serão cobrados com juros pela vida”.
A postagem da professora também conta com as seguintes falas: “Fascistas têm de morrer, um a um, e me inscrevo para essa missão”. Confira:
Na última segunda-feira (16), alguns colegas e apoiadores da professora organizaram um ato em sua defesa. Os colegas de profissão defenderam que as postagens eram irônicas e que as criticas não teriam entendido a verdadeira intenção da docente.
As declarações da professora foram encaminhadas ao Ministério Público Federal, que vai apurar o caso e determinou comunicação ao Instituto de Ciências Humanas e à Reitoria da UFPel para que se manifestassem sobre o comportamento da professora.
UFPel apura
Em nota, a UFPel informou que os órgãos competentes da Universidade vão analisar as condutas que violem a liberdade de expressão e que “não se deixarão pautar por pressões políticas de quem quer que seja”. “A liberdade de cátedra é imprescindível para que a Universidade cumpra seu papel social, desde que respeitada a pluralidade de ideias. A discussão de temas sensíveis, especialmente àqueles referentes à dinâmica política da nação, é não somente permitida, mas também desejável”, disse a Universidade
Já a Associação dos Docentes da UFPel (ADUFPel SSind), prestou apoio à professora, denunciando o que seria uma “perseguição” contra ela. “Não toleraremos nenhuma forma de perseguição política aos professores e professoras que lutam por uma sociedade mais justa! Estaremos na luta, com todas as medidas possíveis, para proteger nossos direitos”, disseram.
