Professores e escolas da rede particular discutem acordo na Justiça do Trabalho

O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (SinproMinas) está reunido com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) desde a manhã desta quinta-feira (26). O encontro busca definir uma conciliação entre as partes que pode dar fim ao período de greve dos educadores das escolas e universidades particulares.

A reunião desta manhã deve definir uma proposta entre as partes, que será apresentada em uma reunião com todos os professores às 16h, no hall da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG). Lá, as diretrizes da greve devem ser definidas com a aprovação ou não da proposta.

De acordo com a vice-presidente do SinproMinas, Clarisse Barreto, o movimento já foi aderido por cerca de 60 instituições de Belo Horizonte e região. “A adesão está crescendo e mais escolas devem participar da greve. A reunião para definir uma proposta está sendo demorada, pois o sindicato patronal insiste em manter a retirada de direitos”, explica.

Ainda de acordo com o SinproMinas, cerca de mil professores participaram de uma manifestação na porta do TRT durante a manhã. O ato foi finalizado e, agora, os profissionais de Educação devem se reunir novamente na ALMG, às 16h. Pais e alunos da rede estão apoiando o movimento.

Não se sabe ainda quanto tempo deve durar a reunião. De acordo com a presidente do SinproMinas, Valéria Morato, a última reunião entre os sindicatos durou cerca de cinco horas. “Vamos discutir uma proposta que atenda à manutenção de direitos da categoria”, afirma.

Escolas paradas

Escolas que estão entre as maiores instituições de ensino da rede particular estão sem aulas nesta quinta. De acordo com o sindicato, a adesão deve aumentar ao longo do dia. Confira:

– Imaculada

– Magnum

– Sto. Agostinho – Contagem

-Sto. Agostinho – Nova Lima

– Loyola

– Sagrado Coração de Jesus

– Sagrado Coração de Maria

– Batista

– São Miguel Arcanjo

– Marista

-Santa Doroteia

– UNI-BH

– Casa Viva

– Escola da Serra

– Balão Vermelho

– Padre Eustáquio

– N. Sra das Dores

– Arnaldo

– UNA

– Izabela Hendrix

– FUMEC

– São José

– Dona Clara

– Sto. Tomás de Aquino

– Pés no Chão

– Newton Paiva

– Santa Branca

– São Paulo

– Pio XII

Sindicato repudia greve

Nessa quarta-feira (25) o Sinep/MG divulgou uma nota em que repudia a greve dos professores.“Não existe motivo para greve quando ainda há negociação”, assim começa a nota do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG). De acordo com o órgão, não se pode falar de greve dos professores de forma geral, já que as últimas paralisações realizadas pelo SinproMinas não tiveram adesão de cerca de 2% das escolas.

“O Sinep/MG não reconhece e repudia o anúncio de greve por parte do SimproMinas, uma vez que as negociações continuam. Ontem, dia 24/04, foi realizada a quinta reunião de negociação. A Lei de Greve, que assegura o direito à paralisação de qualquer categoria profissional, é clara quando diz que a greve só é legítima quando ‘frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral’, o que não é o caso. As negociações estão acontecendo e não há motivos para paralisações”, diz o texto do Sinep.

Ainda de acordo com o sindicato, a data-base da categoria termina no dia 30 de abril, as negociações estão ocorrendo e 99,4% das escolas em Belo Horizonte e Contagem funcionaram normalmente nesta terça, quando o Sinpro marcou mais um dia de paralisação.

“Em mais de seus 70 anos de existência, o SINEP/MG sempre negociou com o SINPRO/MG privilegiando o diálogo como solução, jamais se valendo de ameaças como forma de persuasão ou tentativa de convencimento”, finaliza.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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