A novela “Segundo Sol”, próxima produção do horário nobre da Rede Globo, estreia nesta segunda-feira (14), às 21h. Escrita por João Emanuel Carneiro, o enredo de Segundo Sol se passa na Bahia; e dessa vez, quer mostrar aos noveleiros de plantão que a cada novo dia, existe uma nova chance para recomeçar, reinventar-se e ter o seu “segundo sol” no fim do horizonte.
Giovanna Antonelli será a protagonista, no papel da jovem Luzia; mulher simples e batalhadora que, vivendo a saga da busca por sua nova chance, verá sua vida virada ao avesso, após se apaixonar por Beto Falcão, o protagonista, interpretado por Emílio Dantas.
No decorrer da trama, Luzia percorre uma longa jornada para reescrever sua história e reunir a família, despedaçada por uma série de armações de Karola (Deborah Secco), namorada de Beto, e Laureta (Adriana Esteves), figura poderosa da cena noturna de Salvador. Veja a sinopse completa aqui.
Uma nova Avenida Brasil?
Quando o assunto são as novelas de João Emanuel Carneiro, não podemos deixar de nos lembrar de Avenida Brasil, novela exibida em 2012 que foi sucesso de audiência incomparável por anos.
Para se ter uma ideia, a novela apareceu na revista Forbes dos Estados Unidos como um verdadeiro fenômeno da televisão mundial, sendo considerada a novela mais rentável da história. Avenida Brasil ainda é a terceira novela mais exitosa de todos os tempos.
Por isso, a nova novela é marcada pela volta da consagrada parceria entre JEC e a Adriana Esteves, que no passado, interpretou a eterna Carminha, vilã queridinha dos noveleiros. Mas será que o sucesso de Avenida Brasil, vai se repetir com Segundo Sol?
Para o especialista mineiro em telenovelas, Gilvan Araújo, professor do curso de jornalismo da Estácio de Sá, Avenida Brasil é diferente da nova novela. “A ideia de Avenida Brasil, do empoderamento da classe C, naquela época pegou muito bem. A proposta é que essa classe C, tivesse uma visibilidade maior e a audiência se identificou bastante”, analisa.
Já Segundo Sol, de acordo com o especialista, não vai surtir esse mesmo efeito porque é ambientada numa região litorânea. “Acredito que isso com os centros urbanos do interior do país, não cria muita identidade. Agora vamos ver como ele vai abordar a questão racial. Essa ideia do Segundo Sol, da segunda chance, num país que se fala muito na falta de oportunidade, talvez seja uma abordagem que vá chamar a atenção”, conclui o especialista.
Polêmica
Mesmo antes de sua estreia, a telenovela gerou polêmicas quanto à escolha do elenco. Na última sexta-feira (11), o Ministério Público do Trabalho recomendou à emissora, 14 medidas para promover a participação de pessoas negras em produção audiovisual. A medida foi motivada pela ausência de personagens pretos e pardos.
Apesar de elogiar a maneira como escreve João Emanuel Carneiro, Gilvan entende que existe uma incoerência com a abordagem racial no roteiro da novela e acredita que a intervenção por parte do ministério seja uma ação certeira. “O Brasil tem que começar a aprender que nós temos uma população negra e parda que já soma a maioria. E é um absurdo colocar um monte de gente loira na Bahia, onde talvez seja o estado onde a predominância da raça negra seja maior”, finaliza.
