Uma falha no compressor de freios foi o que causou o acidente com o coletivo da linha 305 (Estação Diamante/Mangabeiras) que matou cinco pessoas durante o Carnaval deste ano. De acordo com a Polícia Civil (PC), a pressão de ar produzida pelo equipamento foi menor do que a necessária para que os freios do ônibus fossem acionados. Nesta sexta-feira (18), a polícia divulgou os detalhes da investigação.
Apesar dos resultados, não foi apontado o culpado pelo acidente, visto que, para a PC, faltam elementos para apontar a empresa Transoeste como a culpada pelo ocorrido. “Acho muito prematuro dizer e não tenho elementos suficientes para tanto”, disse o delegado Pedro Ribeiro.
Para comprovar a falha do compressor foi comparado o equipamento que estava no ônibus com um novo. Por conta dessa falha, o condutor do veiculo não conseguiu paraá-lo e isso fez com que ele batesse em um muro de arrimo, após passar por um córrego.
Uma luz no painel, que poderia alertar o motorista da falha no freio, foi constatada pela PC como um problema. Ela ficava piscando o tempo todo e com isso não era possível saber quando estava sendo emitido o alerta de falhas na frenagem. Apesar disso, o delegado afirmou que não é possível culpar a empresa, pois não se sabe quando a luz começou a piscar. Alega-se que ela poderia ter sido acionada após a batida.
A hipótese de que o motorista teria sofrido um mal súbito foi descartada, assim como a de suicídio. Outro ponto destacado foi de que o freio apresentou falha somente na hora do acidente, visto que a velocidade do coletivo era menor que 60 km/h e, na hora do ocorrido, passou para 100 km/h.
O grave acidente matou cinco pessoas, incluindo o motorista, e deixou 18 feridos.