Sensação térmica: entenda o que é e para que serve

Yuran Khan/BHAZ

Os termômetros em Belo Horizonte, desde o último fim de semana, despencaram e isso tem feito com que a capital registre madrugadas de frio intenso nos últimos dias. De segunda (21) para terça-feira (22), a temperatura mínima chegou aos 8ºC com a sensação térmica de 3ºC na Serra do Curral. Nesta época do ano, o que mais se fala é da chamada sensação térmica. E poucas sabem dizer com precisão o que é sensação térmica:

Ao Bhaz, o meteorologista Cléber de Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), disse que ela é a forma como o corpo sente a temperatura do ar. “Da mesma forma que no verão temos o índice de calor, com a chegada do inverno é a sensação térmica”, disse. Ainda explicando o que é a sensação tão dita nos dias frios, Cléber explica como é calculada: “fazemos a junção da temperatura somada com a velocidade do vento”, disse.

Para chegar à temperatura uma tabela foi criada com o objetivo de padronizar a relação entre os dois elementos. “Essa tabela foi originada nos países onde o frio é mais intenso e auxilia os órgãos de meteorologia, porém a adaptamos para o hemisfério Sul e a utilizamos”.

Tabela utilizada para definir a sensação térmica (Reprodução/Inmet)

Sobre a importância de divulgar a sensação térmica, Cléber afirma que apesar da pessoa poder ficar um pouco confusa, ela ao menos tem a noção da temperatura que o corpo está sendo exposto naquele momento. “Nesta segunda não falamos muito de sensação térmica, pois como praticamente não ventou, a temperatura do corpo foi a que os termômetros marcavam”, afirmou.

O meteorologista ainda destaca que durante o verão um equívoco é cometido ao dizer, por exemplo, “a temperatura é de 30ºC com a sensação de 35ºC”. Cléber esclarece que o correto é dizer índice de calor. “Para definir o índice é usado a temperatura do momento mais a umidade relativa do ar”, esclareceu.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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