Por sofrer bullying, uma estudante de pedagogia que mora em São Paulo recorre na Justiça para alterar o seu nome. Dilma, de 37 anos, conta que levava uma vida tranquila até que sua xará, a Rousseff, sofreu o impeachment em 2015. Por conta disso, ela deseja se chamar Manuela.
À BBC, Dilma contou que sofre bastante quando fala com as pessoas qual é o seu nome, pois vira alvo de risadas e até mesmo depreciação. “Chega uma hora que o ser humano não aguenta mais”, desabafou.
A situação ficou ainda mais difícil quando em seu antigo serviço Dilma foi atacada por um cliente em uma ligação. Por telefone, o homem disse que caso estivesse próximo dela a mataria. “Fiquei com medo. As pessoas estão com muita raiva do PT”, disse.
“A sra. Dilma enfrentava deboches constantes dos colegas de trabalho e, em diversas situações, clientes se recusaram a ser atendidos por ela. Tudo porque se chama Dilma”, diz um dos trechos da ação que corre em segredo de Justiça na 3ª Vara Cível, em São Miguel Paulista.
Ao participar de uma dinâmica em grupo para uma vaga de emprego, novamente ela foi alvo de brincadeiras. Ao ser perguntada pelo nome o recrutador disse: “Nossa, até você procurando emprego, presidente? O negócio está feio, mesmo”.
Em homenagem ao pai, Dilma deseja se chamar Manuela. “Ele foi um homem muito bom e apesar de não ter estudos, me possibilitou chegar aonde estou. Ele ficaria orgulhoso de mim”, afirmou.
A advogada de Dilma destaca que “a lei costuma restringir bastante a troca de nomes e que o requerente deve expor o motivo da mudança e alegar a razão pela qual aquele nome causa constrangimento”. Após apresentar a justificativa, o caso será analisado por um juiz que o classificará como relevante ou não.
Da Redação Bhaz com BBC