Ex-presidente da Câmara de BH perde salário e tem bens bloqueados; Magalhães está preso

Reprodução/Facebook

Preso desde o último dia 24 de abril, o vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PSDC), acusado de fraude em licitações, está com todos os seus bens móveis, imóveis, de dinheiro em contas bancária e investimentos em nome dele, indisponíveis. A medida se estende também às de sua mulher Kelly Jaqueline Magalhães e das de Daniel Figueiredo Borja, considerado suposto “laranja” do parlamentar.

A decisão é do juiz da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte, Rinaldo Kennedy da Silva, que determinou ainda a imediata suspensão do pagamento do vereador. A decisão foi tomada em ação civil de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público (MP).

Segundo o MP, Magalhães, no exercício do mandato de vereador e presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, ao lado de outros cinco réus, praticaram diversas fraudes contra a administração pública, entre abril de 2011 e dezembro de 2016, em Belo Horizonte e Esmeraldas, envolvendo direcionamento de licitações e recebimento de propinas.

Na decisão, o juiz determinou que o bloqueio deverá incidir especialmente sobre veículos apontados pelo MP,  Volkswagen Cross Fox, Land Rover Evoque e Jeep Cherokee, e três imóveis, uma mansão na orla da Lagoa da Pampulha, uma casa de campo e uma casa em construção, ambas no Condomínio Aldeias do Lago em Esmeraldas.

Ainda segundo o MP, houve aquisição de bens móveis e imóveis em valores desproporcionais à evolução do patrimônio e da renda de Wellington Magalhães como agente público, o que  teria configurado a prática de atos de improbidade administrativa que importaram em enriquecimento ilícito.

O MP informou ainda que o vereador e os acusados respondem a ação penal pela prática de crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e embaraço em investigação de infração penal que envolva organização criminosa. O Ministério Público também afirmou que as investigações provaram a prática de crime de falsidade ideológica por parte dos acusados, com o objetivo de ocultar e dissimular o patrimônio de Wellington Magalhães e de sua esposa Kelly Magalhães.

“No que se refere ao requisito do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, tenho que a determinação judicial de bloqueio de bens, em sede de ação civil pública por improbidade administrativa, prescinde da demonstração comprovada de dilapidação do patrimônio para a configuração do perigo da demora, uma vez que aludido requisito está implícito no comando normativo supracitado, bastando que a parte requerente demonstre somente a plausibilidade do direito invocado, consubstanciado em indícios de atos ímprobos”, registrou o juiz Rinaldo Kennedy da Silva.

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Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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