[Coluna do Orion] A quatro meses da eleição, Lacerda ainda não sabe o que vai disputar

Lacerda ganha apoio do PDT e do Pros, mas são sabe se será candidato a governador

Os políticos estão aproveitando a trégua dos problemas nacionais, como a greve dos caminhoneiros, para acelerar as articulações eleitorais. Embora o estado esteja sendo alvo de ataques criminosos, muito provavelmente, como admite o governo, disparado de dentro dos presídios, mas esse é um assunto, um desafio que os governantes, os políticos e a sociedade, mais cedo ou mais tarde, terão que priorizar e resolver.

Enquanto o governador Fernando Pimentel (PT), que é pré-candidato à reeleição, enfrenta esse problema mais diretamente, seus concorrentes estão se mexendo e criando fatos políticos eleitorais. Na terça (5), por exemplo, o PDT e Pros anunciaram apoio ao PSB de Marcio Lacerda, ex-prefeito de Belo Horizonte e, até o momento, é pré-candidato a governador. Digo até o momento, porque Lacerda ainda está cotado para ser candidato a vice-presidente na chapa presidencial de Ciro Gomes ou ainda ser candidato ao Senado na chapa de reeleição de Pimentel, como aliado do PT.

Lacerda tem que tomar cuidado, muitas opções às vésperas da campanha e a quatro meses das eleições, podem acabar em nada. Campanha é preciso ter foco, objetivos e propostas. Pode ser bom para ele, para o ego dele, mas, com certeza, o eleitor não gosta dessa indefinição. Ou seja, Lacerda que poderia ser a terceira via da eleição, está sem rumo definido e dependente de decisões da direção nacional de seu partido. Não é um bom começo.

Aliás, eleição em Minas, tudo indica, não dará espaço para terceiras vias e deve manter a polarização entre o PT e o PSDB, como acontece há 16 anos. Tem gente dentro do PT que  aposta que Lacerda será candidato a senador ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que também disputará o cargo. São duas vagas de senador neste ano.

Nesta quarta (6), foi a vez do pré-candidato tucano, o senador Antonio Anastasia, marcar ponto. A Executiva Estadual do PPS anunciou apoio à candidatura tucana ao governo de Minas. Além do PPS, o PP e o PSD também irão se coligar com o PSDB.

Já o DEM, outro aliado tucano, que tem como pré-candidato a governador o deputado federal Rodrigo Pacheco, e o Solidariedade, de outro pré-candidato Dinis Pinheiro, mantêm as conversas e também as pré-candidaturas. Têm até julho para resolver.

Outros que se definiram são o Rede, com João Batista Mares Guia, o partido Novo, com Romeu Zema, e o PSOL, que terá Dirlene Marques ao governo em aliança com o PCB, que lança Sara Azevedo como candidata a vice. Duda Salabert, do PSOL, para o Senado e Túlio Lopes (PCB) para a segunda vaga de senador.

Kalil disse que não precisa do governador

Polemista e personagem influente na política mineira, o prefeito de BH, Alexandre Kalil (BH), reafirmou, em entrevista à jornalista Isabella Souto, do Estado de Minas, que não apoiará nenhum dos candidatos a governador. Primeiro, porque nenhum deles o apoiou na eleição municipal (2016). Segundo, porque, segundo disse, não precisa do estado para governar a capital por uma razão muito simples: o estado está quebrado. Disse que o estado não tem dinheiro para dar, nem paga o que deve à prefeitura e às outras do estado, a exemplo do que acontece nos atrasos consecutivos de repasses constitucionais dos impostos (ICMS e IPVA). Esse é um problema que, com certeza, estará na pauta da campanha eleitoral deste ano.

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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