Alerta total em Minas para casos da febre do Nilo; o vizinho Espírito Santo já tem notificações

A proximidade de Minas com o Espírito Santo, onde foram registrados casos da doença febre do Nilo, transmitida pelo mosquito do gênero Culex (pernilongo), colocou em alerta autoridades sanitárias do estado. Apesar de Minas não apresentar casos suspeitos, o objetivo é reforçar a atenção e a vigilância para a possibilidade do surgimento de casos suspeitos.

A febre do Nilo ocidental é originária do Egito, Norte da África, causada por infecção viral que pode ser assintomática ou com sintomas de distintos graus de gravidade – que variam desde febre e dor muscular, até encefalite grave. Em seres humanos, normalmente é assintomática ou com sintomas considerados leves, que podem ser febre aguda de início abrupto, mal-estar, náusea, vômito, dor nos olhos, dor de cabeça e mialgia.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, apenas 20% das pessoas infectadas desenvolvem sintomas e, normalmente, eles são leves. Apesar disso, pessoas acima dos 50 anos são mais propícias a desenvolver as formas mais graves da doença. Mas menos de 1% das pessoas infectadas apresentam sintomas neurológicos considerados sérios, como a encefalite.

Ainda assim, no Brasil, a febre do Nilo é considerada uma doença de notificação compulsória. O tratamento, de acordo com a médica-infectologista do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Minas) da SES-MG, Tânia Marcial, é apenas de suporte já que não existe medicamento específico para combater o vírus.

 

Não existe um medicamento específico para combater o vírus, que é um arbovírus, assim como os vírus da dengue, zika e chikungunya. Portanto, o tratamento realizado é o de suporte, podendo ser necessária internação em unidade de terapia intensiva para os casos mais graves”, afirma.

 

A Secretaria de Saúde recomenda ainda que, caso um indivíduo apresente sintomas depois de ter se deslocado para áreas com registro de circulação do vírus, procure uma unidade de saúde para avaliação. Como se trata de uma doença transmitida por um vetor, também é recomendada o uso de repelentes em caso de viagens a áreas com casos suspeitos ou circulação do vírus, o que também se aplica para a prevenção de outras doenças transmitidas por vetores.

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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