MP investiga voo fretado realizado por procurador; Kalil assume responsabilidade

Thomáz de Aquino viajou em voo fretado, Kalil assumiu a responsabilidade

O fretamento de um avião para a viagem do procurador-geral de Belo Horizonte, Thomáz de Aquino, está sendo investigado pelo Ministério Público do Tribunal de Contas de Minas Gerais. A viagem a Brasília, que aconteceu no último 3 de maio, custou aos cofres do município R$ 63,1 mil.

Três eixos vão nortear as investigações, conforme divulgado pela procuradora Sara Meinberg. São eles: o que motivou a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) a fretar o avião, visto que diariamente há ofertas de voos comerciais para a capital federal; o valor pago pela aeronave e o procedimento usado para contratar o serviço.

Thomáz de Aquino precisará responder alguns questionamentos feitos pelo MP e enviado a ele na última terça-feira (12). Ele terá um prazo de dez dias para enviar as respostas a partir do momento que o recebimento for comprovado pela prefeitura.

Kalil explica

Após a polêmica envolvendo o gasto da viagem do procurador-geral para um encontro com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) assumiu a responsabilidade do fretamento do voo.

Durante uma coletiva realizada nesta segunda-feira (11), Kalil disse que as cobranças e críticas em relação ao gasto devem ser destinadas a ele. O prefeito também considerou o envolvimento do procurador do município na polêmica como “uma covardia”.

Em nota, na última quinta-feira, a PBH explicou que o valor foi gasto no fretamento de uma aeronave, já que a reunião com o ministro foi agendada de última hora. O assunto tratado foi o levantamento de recursos atrasados para Belo Horizonte. Confira a nota da PBH na íntegra:

“O procurador-geral de Belo Horizonte, Dr. Thomáz de Aquino, foi à Brasilia no dia 3 de maio para uma agenda com Ministros do Supremo Tribunal Federal, concedida de última hora e, por isso, foi necessário fretar uma aeronave. O procurador foi à capital federal tratar das verbas não repassadas pelo Governo Estadual para a Prefeitura de Belo Horizonte. Três dias após a viagem, o Município recebeu R$ 180 milhões desses recursos que estavam atrasados”.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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