Presidente da Câmara de Formoso é denunciado por estupro de adolescente de 13 anos

O vereador Celso do Lava Jato (Pros), de 35 anos, presidente da Câmara Municipal de Formoso, Noroeste de Minas, foi denunciado pelo Ministério Público por estupro de vulnerável, corrupção de testemunhas, coação no curso do processo e fraude processual, na última sexta-feira. Ele é acusado de manter relações sexuais e atos libidinosos com uma adolescente de apenas 13 anos, desde fevereiro de 2016 até este ano.

De acordo com a denúncia, o vereador contou com a ajuda de dois advogados, um deles também vereador em Buritis,  para corrupção de testemunhas, coação no curso do processo e fraude processual, e um comerciante de Formoso, por ter fornecido bebida alcoólica a adolescente.Todos foram denunciados também.

Celso do Lava Jato se desesperou, segundo a denúncia, quando descobriu que foi denunciado pela adolescente ao Conselho Tutelar de Formoso. Para tentar se livrar da acusação ele contratou dois advogados para que inviabilizassem as investigações sobre o estupro e ainda manipulassem o depoimento da vítima e de sua mãe, as quais ofereceu R$ 1 mil.

Para garantir que os depoimento não seriam prejudiciais ao presidente da Câmara, um dos advogados acompanhou a adolescente e a mãe em depoimento à delegacia e interveio quando as respostas não lhe agradavam. Sob pressão, elas negaram a prática do crime e ainda acusaram o comerciante denunciado de ter usado o caso por “questões políticas”.

No entanto, durante as investigações, ficou comprovado que o presidente da Câmara também ameaçou de morte a vítima, a mãe e um irmão dela. A menor ainda foi forçada por ele e um advogado a não fazer um exame clínico que poderia constatar o estupro.

Além da condenação dos denunciados, o Ministério Público requereu à Justiça a perda dos mandatos parlamentares dos dois vereadores, o envio de cópias dos documentos à Corregedoria-Geral da OAB-MG para eventual instauração de processo disciplinar contra os advogados e, ainda, a imposição a estes de medidas cautelares diversas da prisão consistentes em proibição de contato com vítimas e testemunhas, além de recolhimento domiciliar noturno.

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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