A cúpula tucana evitou falar sobre o senador Aécio Neves (PSDB) durante o 35º Congresso Mineiro de Municípios, realizado no Mineirão, em Belo Horizonte. O evento começou na terça-feira (19) e termina nesta quarta (20). O ex-presidente do PSDB figura como réu em uma ação penal e é investigado em oito inquéritos, inclusive em uma apuração sobre desvios nas obras da Cidade Administrativa.
O evento reuniu os pré-candidatos do partido à presidência, Geraldo Alckmin, e ao governo de Minas, Antonio Anastasia. Ambos discutiram com prefeitos do estado propostas para sanar as demandas dos municípios.
O primeiro a descartar o nome de Aécio foi Alckmin. Durante entrevista coletiva, após ser questionado sobre o apoio de Neves, o governador de São Paulo desconversou e afirmou que a decisão sobre o futuro cabe somente ao senador mineiro.
“Ele quem vai decidir o que fazer. Ainda não houve um julgamento, mas ele não tem protagonismo político e já deixou a presidência do partido – PSDB. Eu estou animado com Minas Gerais, nossa campanha vai crescer muito aqui”, disse Alckmin.
Questionado sobre como o partido usaria o nome do senador nas campanhas, já que o mesmo ainda conta com força política nos bastidores, Alckmin disse que Neves “não é candidato”.
“O Aécio não é candidato. Quem vai concorrer à presidência sou eu e ao Governo de Minas será o senador Antonio Anastasia. É um grande erro subestimar a capacidade de julgamento das pessoas. Vamos trabalhar e acreditamos que o país tem tudo para se recuperar e crescer. O caminho é pelo trabalho”, afirmou.
Já nesta quarta-feira quem evitou o nome de Aécio Neves foi o candidato ao Governo de Minas, Antonio Anastasia. “O candidato não é o Aécio, a campanha é de minha responsabilidade e quem irá aos debates sou eu. Portanto o nome que será utilizado será o meu e o de Geraldo Alckmin à presidência”, disse o político, que atuou como vice no último mandato de Neves como governador.