Uma pesquisa realizada em Campinas, mais especificamente no Centro Universitário UniMetrocamp Wyden, aponta que comprar uma salada pronta para comer pode não ser a escolha mais saudável em todas as ocasiões. Análises feitas em 12 produtos desse tipo provenientes de entregas delivery e outros 8 de fast foods encontraram bactérias que causam infecções intestinais, pulmonares e até faringite. Ao total, 90% das amostras testadas apresentaram dez vezes mais coliformes fecais que o permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Apenas duas das 20 saladas analisadas estavam próprias para o consumo humano, levando em conta as normas aplicadas a saladas à base de verduras e legumes crus. Submetidos ao uso de fertilizantes e adubos durante o plantio, esses alimentos precisam ser lavados com muito cuidado e atenção.
A presença de duas bactérias, em especial, chamou a atenção durante a realização da pesquisa. Em 11 amostras foi possível identificar a Escherichia coli, encontrada na microbiota intestinal humana e de animais. Também detectou-se a existência da Staphylococcus aureus, que é achada nas fossas nasais e pode provocar intoxicação alimentar.
A pesquisa surgiu no trabalho de conclusão de curso de três alunas de graduação em Biomedicina. As estudantes Milene Almeida, Tamires Teixeira e Jacqueline Camargo foram orientadas pela bióloga Rosana Siqueira, professora na instituição.
As pesquisadoras indicam que os consumidores lavem as saladas prontas antes de consumi-las, inclusive mergulhando as verduras em um recipiente com água potável e um pouco de água sanitária. Caso isso não seja possível, o ideal é adicionar vinagre ou limão para reduzir os riscos de contaminação.
