Cristiano Ronaldo foi anunciado na tarde de quarta-feira (11) pela Juventus, animou torcedores e fez as ações do clube saltarem em 40%. Contudo, após o anúncio da contratação do craque, as ações da montadora Fiat-Chrysler caíram 4,5%, que são patrocinadores do time.
A queda das ações ocorreu em protesto pelo anúncio da contratação do português. A Fiat é patrocinadora da Juventus e os funcionários consideram como “não aceitável” o fato deles continuarem se sacrificando economicamente enquanto a empresa gasta milhões em um jogador de futebol.
Com isso, os trabalhadores estão planejando uma greve na montadora entre às 22h deste domingo (15) e às 18h da próxima terça-feira (17), na fábrica de Melfi. A paralisação foi convocada pelo sindicato Unione Sindicate di Base.
Em um comunicado oficial, o sindicato afirma que houve um pedido para que as famílias dos funcionários “apertem os cintos”, mas logo após, houve um investimento milionário em Cristiano Ronaldo.
“Acham justo? É normal uma pessoa ganhar milhões, enquanto milhares de famílias no meio do mês já quase não têm dinheiro?”, questiona o sindicato em carta.
“A empresa deveria colocar os interesses dos seus empregados em primeiro lugar, mas se isso não acontece é porque preferem o mundo do futebol e do entretenimento em detrimentos do resto”, diz trecho do texto.
O presidente da Juventus é, desde 2010, Adrea Agnelli, que também é herdeiro do império construído por Giovanni Agnelli, em 1899. Além disso, é membro do conselho de diretores da Fiat-Chrysler desde maio de 2004, tendo também o mesmo posto na Fiat-Chrysler desde outubro de 2014.