Entrega de viaduto próximo ao trevo de Caeté e de 20 quilômetros duplicados até o final do ano. Essa é a expectativa dos membros do Movimento Nova 381 para as obras que acontecem na rodovia federal desde 2014 e que, por pouco não foram paralisadas.
O desejo poderá ser realizado graças a não retirada da verba de R$ 51 milhões destinada à duplicação do trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (11) pelo Congresso Nacional, com aprovação da Emenda 72, um destaque de Plenário ao PLN 13/2018.
Ao Bhaz, Luciano Araújo, coordenador do Movimento Nova 381, disse que a liberação dos recursos foi a prova de que “quando os políticos querem fazer, a coisa acontece. Fomos o único estado da federação que conseguiu impedir o corte. Isso mostra a união da bancada mineira”, disse.
Com o dinheiro garantido, o próximo passo nas obras de duplicação será sentar e analisar com a empreiteira a entrega do viaduto de 600 metros no trevo de Caeté. “Essa obra é de suma importância para a região, pois irá tirar várias curvas e melhorará o traçado. Neste ponto acontecem muitos acidentes”, disse Luciano.
O desejo do movimento era de obter pelo menos mais R$ 100 milhões ainda neste ano para iniciar obras em trechos que ainda estão parados. Porém, devido ao atual momento, isso não acontecerá? Já estamos satisfeitos de eles não terem tirado (a verba). Então, não vamos pedir mais”, brincou.
Prioridade é para entregar trechos prontos
Outro ponto a ser conversado é sobre a entrega de trechos já duplicados: “Pretendemos também conseguir a entrega destes pontos duplicados antes mesmo de novas frentes de trabalho serem abertas. É hora de concluir o que já começou a ser feito. Sendo aceito, conseguiremos entregar pelo menos 20 quilômetros de pista duplicada até o final do ano”, destacou. A previsão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) era de que esses primeiros trechos seriam liberados em dezembro do ano passado.
Na duplicação da 381, está sendo usado pavimento de concreto no lugar de asfalto, algo raro de acontecer em obras rodoviárias no Brasil. Um percentual muito pequeno das rodovias brasileiras, da ordem de apenas 5%, tem piso de concreto. O pavimento de asfalto tem um custo menor. Porém, sua durabilidade é também menor. O de concreto dura três vezes mais e é recomendado para vias de elevado volume de tráfego e alto percentual de veículos pesados, como segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), é o caso da BR-381.
Dados do Dnit mostram a evolução das obras nos lotes 3.1 e 7 no mês de julho.