Aprovação de Plano Diretor é solicitada por representantes de associações; ‘Outorga não é imposto’

Representantes pedem aprovação da Outorga Onerosa

Representantes das Associações de Moradores de Belo Horizonte, do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, arquitetos, urbanistas, pesquisadores e membros do Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) entregaram uma carta aos vereadores de Belo Horizonte, nesta terça-feira (17), pedindo a aprovação do Plano Diretor.

Considerada uma carta resposta, o escrito tem como principal objetivo destacar que a Outorga Onerosa do Direito de Construir não é um imposto. “Diferentemente do que foi afirmado por entidades ligadas ao setor empresarial e da construção civil, esses instrumentos não afetam negativamente as atividades econômicas, causando desemprego ou agravando a crise econômica”, dizem na carta.

Eles defendem que a aprovação da outorga fará com que os processos de injustiça social e territorial sejam revertidos e que acontecerá a promoção da maior igualdade de tratamento sobre a propriedade urbana.

A outorga onerosa será tema de seminários na Câmara Municipal, assim como os demais pontos do Plano Diretor, com o objetivo de esclarecer s proposta para os cidadão. Ainda não há a confirmação de quando esse seminário acontecerá, visto que, um estudo técnico está sendo realizado pela Casa Legislativa que analisa o substitutivo enviado pela Prefeitura. Espera-se que os encontros aconteçam após a primeira quinzena de agosto, conforme dito por alguns parlamentares.

Vereador Henrique Braga afirmou que acontecerá p debate e a transparência no processo de tramitação do projeto (Karoline Barreto/CMBH)

Coeficiente

Um estudo técnico realizado por especialistas demonstrou que “a maior parte da cidade já utiliza, atualmente, coeficientes abaixo do limite proposto, variando de 0,5 a 1,0”.

Além disso, nos parâmetros atuais, quase 80% do território já está limitado ao coeficiente 1,0, restando pouco mais de 9% que praticam mais do que 1,0. “Isso demonstra que apenas uma pequena parcela será alterada em sua capacidade construtiva não onerosa”, alertaram os manifestantes, destacando que a medida não é direcionada a residências unifamiliares, mas a grandes empreendimentos, na perspectiva de inibir a especulação imobiliária.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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