Rapaz que não consegue fechar a boca é chamado de ‘monstro’ e comove especialistas

Reprodução/Marcelo Quintela/Bem Estar

Um rapaz de 24 anos busca ajuda para conseguir superar um grave problema de saúde que o impede de fechar a boca e impõe uma série de limitações diárias. Morador de Cubatão (SP), Cleiton Bezerra foi diagnosticado ainda criança com uma paralisia chamada distrofia neuromuscular generalizada. Além de não conseguir fechar a boca, a deficiência muscular e esquelética o impede de comer e mastigar. O jovem ainda tem que lidar com o preconceito por conta da aparência.

O parto e a gravidez da mãe de Cleiton foram tranquilos. Três dias depois do nascimento dele, no entanto, a família percebeu que o garoto tinha algumas características diferentes. Foi então que médicos o diagnosticaram com a condição. Ao longo da infância, até os 20 anos, o rapaz foi atendido por uma equipe multidisciplinar da Casa da Esperança, em Cubatão.

Cleiton foi diagnosticado com paralisia ainda na infância (Marcelo Quintela)

Quando completou a maioridade, Cleiton recebeu alta médica da entidade. Ele só ingere comida pastosa e já chegou a se alimentar por sonda devido à dificuldade de engolir. O jovem também precisou estudar em uma escola de educação especial por ter problemas na fala e limitações físicas.

Um amigo do rapaz presenciou por diversas vezes o preconceito sofrido por ele e resolveu ajudá-lo. “Ele sofre muito preconceito. Ele baba e o rosto dele é diferente. Devido à boca, o chamam de babão e monstro. Até quando ele pega ônibus tem gente que não senta do lado dele por medo ou nojo”, contou Maiko Santana ao G1.

O dentista Marcelo Quintela é um dos que ajuda Cleiton (Reprodução/Facebook)

Santana procurou um amigo dentista, Marcelo Quintela, e os dois passaram a receber apoio do cirurgião buco-maxilofacial Alessandro Silva. Os dois especialistas são realizados do projeto Corrente do Bem, que viabiliza cirurgias e tratamentos de forma voluntária para pessoas com problemas odontológicos e faciais.

Os dentistas conseguira fazer uma “vaquinha” para que Cleiton pagasse um plano de saúde ao longo de dois anos. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a mãe do rapaz não conseguiu operá-lo. Já no sistema particular, os procedimentos custariam mais de R$ 40 mil. O jovem fez uma série de exames pelo plano, mas ficou endividado por não conseguir arcar com as despesas.

Divulgação/Marcelo Quintela

Por conta disso, Quintela e Silva recorreram às redes sociais para conseguir juntar dinheiro e custear as cirurgias. Os procedimentos serão realizados gratuitamente, mas ainda falta o centro cirúrgico e os materiais necessários, que são muito caros. Além disso, Cleiton vai precisar de acompanhamento pós-operatório com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, neurologistas e nutricionistas.

Nessa quinta-feira (19), Quintela compartilhou por meio do Facebook os dados bancários da mãe de Cleiton para que doações sejam feitas. Qualquer valor é aceito.

Fabíola Bezerra
Caixa Econômica Federal
Agência 0301
Operação: 013 Poupança
Conta: 00034363-1
CPF: 326.556.948-99

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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